[Archport] Jornada em defesa do Museu Nacional de Arqueologia, amanhã, 8 de Maio

[Jacinta Bugalhão <jacintabugalhao@gmail.com>]

Bom dia

 

Dirijo-me a todas as mulheres e homens de boa vontade e consciência lúcida mas, neste caso, muito particularmente aos meus colegas ARQUEÓLOGOS.

Lanço um forte e sentido apelo à comparência de todos na Jornada em defesa do Museu Nacional de Arqueologia, amanhã, 8 de Maio, a partir das 17h00.

Existem muitas razões para comparecer e participar, entusiástica e até festivamente.

O MNA tem sido a casa da arqueologia portuguesa. Tem sido também a casa dos arqueólogos portugueses, nos bons e maus momentos. As portas estão sempre abertas e lá, nenhum de nós se sente discriminado. Os conflitos que muitas vezes nos dividem, de alguma forma, ficam do lado de fora daquele portal. Tenho sentido muitas vezes esta abertura, este olhar limpo de preconceitos, esta atitude não facciosa, de solidariedade nos momentos difíceis e de amizade.

O que o Ministério de Cultura está afazer ao MNA é por um lado perigoso e leviano e, por outro, parvo! Trata-se a transferência do MNA para outras instalações, como se uma mudança de móveis fosse, ignorando-se que há vários anos existem profissionais, técnicos e até políticos esforçados que têm trabalhado neste complexo e difícil problema, no sentido de encontrar uma solução adequada, digna e de futuro para o MNA. A situação raia o escândalo risível quando se constata que, de facto, a única coisa que vai acontecer é o MNA perder a Torre Oca, que tanta falta lhe faz, sem que este espaço reverta com vantagem para nenhuma outra instituição.

Manifestar publicamente solidariedade para todos quantos têm trabalhado no Museu muitas vezes com grandes dificuldades e restrições, para o melhorar, para promover a Arqueologia e o Património Arqueológico são também excelentes motivos para comparecer do Sábado, em Belém.

Finalmente, penso também que estes momentos servem para unir os arqueólogos. Será uma experiência que vivida em comum, de forma combativa mas também alegre e desempoeirada, que contribuirá, é minha convicção, para promover o espírito de classe e corpo, que tanta vezes nos falta e que, eventualmente, tem impedido a profissão de se implantar condignamente da sociedade portuguesa.

Por isso, mais uma vez, apelo: Apareçam!

 

Saudações arqueológicas

 

Jacinta Bugalhão