Se colocarem alguns políticos a bordo não me oponho J
De:
archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] Em nome de V.
Machado Borges
Enviada: domingo, 23 de Maio de 2010 02:48
Para: archport
Assunto: Re: [Archport] Navios da Armada vão ao fundo e viram museu
subaquático
ESTÁ TUDO DOIDO!
Na crise em que estamos, gastar dois milhões e meio de euros
para afundar quatro navios (que bem podem ser vendidos) é de facto uma ideia
original...
"É
a primeira vez que se faz algo do género em todo o mundo, afundar vários navios
que representem uma Armada...
Portugal, sempre à frente nas novidades, os outros todos são uns
patetas, que quando querem preservar a história das marinhas conservam os
navios a flutuar, ou até os fazem vir à superfície, como com o Vasa.
Mais uma ideia original portuguesa, que associada com o fim
anunciado do Museu da Marinha e com a transferência do Museu de Arqueologia
para a Cordoaria (que por acaso tem todas as condições para uma área
museológica da marinha) pode ajudar-nos a ganhar o prémio do Guiness para as
tonterias do património. Ou mesmo um IgNobel...
É a chamada pró-arqueologia, em que criamos hoje os sítios que
exploraremos amanhã... Também a poderemos baptizar de “arqueologia artificial”
enterrando alguma cerâmica partida para a virem a descobrir daqui a umas
centenas, quiçá milhares de anos...
Pró-Arqueólogo – Cientista
que produz artefactos que um dia serão de interesse arqueológico, enterrando-os
ou submergindo-os, em locais previamente identificados de forma a virem a ser
facilmente descobertos. Para poupar tempo e trabalho, as peças serão enterradas
juntamente com uma descrição exaustiva e com as legendas que deverão ser
colocadas nas respectivas vitrinas, quando forem propositadamente
descobertas... (in : Dicionário das Parvoíces, Volume VII)
Só falta criar a pró-história, fazendo passar à história estas
mentes que nos (des)governam
Só me lembro do laboratório dos “Marretas” “where the future
is made today...”
VMB
PS Hoje não é Um de Abril pois não?
From: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt]
On Behalf Of Alexandre Monteiro
Sent: domingo, 23 de Maio de 2010 0:15
To: archport
Subject: [Archport] Navios da Armada vão ao fundo e viram museu
subaquático
E, por
falar em Marinha....
Portimão: Navios da Armada vão
ao fundo e viram museu subaquático
22-05-2010 11:14:00
O afundamento de quatro antigos navios de guerra
da Armada Portuguesa vai dar origem ao primeiro museu subaquático do país, ao
largo da Praia da Rocha, em Portimão.
Entre os 12 e os 15 metros de profundidade, os
navios - o oceanográfico "Almeida Carvalho", a Fragata
"Hermenegildo Capelo", a Corveta "Oliveira do Carmo" e o
navio-patrulha "Zambeze" - vão constituir "roteiros subaquáticos
acessíveis a qualquer mergulhador", explicou à Lusa Manuel da Luz, presidente
da Câmara de Portimão.
A ideia, segundo Manuel da Luz, é "limpar os
navios de guerra de todos os materiais poluentes, rebocá-los até Portimão e
afundá-los a cerca de duas milhas da costa, numa área já identificada e
validada pelas autoridades ambientais".
O projeto de Museu Subaquático da Marinha de
Guerra Portuguesa já mereceu a aprovação de diversas entidades com competências
na matéria, nomeadamente do Ministério da Defesa, que emitiu neste mês despacho
a ceder os quatro navios de guerra desativados, atualmente estacionados na Base
Naval do Alfeite.
Manuel da Luz destaca o facto de, além de criar
"um museu original", o projeto permitir "reforçar o
ecossistema", pois "os navios afundados serão recifes artificiais
numa zona sem qualquer riqueza, o que possibilita um aumento da biodiversidade
das espécies".
A operação, que deverá custar 2,5 milhões de
euros, vai durar cerca de dois anos e meio, prevendo-se que o primeiro navio -
a Corveta "Oliveira do Carmo", com cerca 1400 toneladas, 85 metros de
comprimento e 10 de boca, da classe "Baptista de Andrade" - seja
afundado em novembro deste ano ou em abril de 2011.
"Tudo depende da disponibilidade do Arsenal
do Alfeite para a empreitada de limpeza e adaptação do navio", fez notar
Luís Sá Couto, proprietário da empresa de mergulho Subnauta, uma das parceiras
da autarquia para a implementação da ideia.
Os restantes navios serão afundados à cadência de
um por cada nove meses, se bem que o presidente da autarquia admite poder vir a
adaptar o calendário às disponibilidades financeiras.
Luís Sá Couto refere, no entanto, que "mal
seja imerso o primeiro navio e estejam criados o roteiro e a sinalética",
será possível mergulhar neste museu debaixo de água, "mediante
determinadas regras que serão definidas pela autarquia".
O Museu de Portimão, recentemente eleito o melhor
do ano pelo Conselho da Europa, vai ficar por seu lado "responsável pela
exposição em terra, retratando a história dos navios e dos seus patronos",
realçou.
"É a primeira vez que se faz algo do género
em todo o mundo, afundar vários navios que representem uma Armada e com isso
contar a sua história debaixo de água", completou Luís Sá Couto, fazendo
referência à existência de apenas "casos isolados" de afundamento de
navios em países como a Inglaterra, o Canadá, os Estados Unidos da América, a
Nova Zelândia e a Austrália.
Em Portugal, o primeiro afundamento aconteceu em
1995, quando foi imergido um antigo arrastão de ferro ao largo de Faro para
servir de recife artificial.
Em 2000, foi a vez da Porto Santo Line afundar a
700 metros da costa da ilha de Porto Santo, na Madeira, o cargueiro português
"Madeirense", criando assim uma nova atração turística no
arquipélago.
Fonte: http://www.observato...p?noticia=36833