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PROJECTO DE MAÇÃO DISCUTIDO NO 1ºCURSO DE GESTÃO
INTEGRADA DO TERRITÓRIO, NO BRASIL
Decorre, em Ipatinga (Minas Gerais, Brasil), o 1º
curso de especialização em Gestão Integrada do Território para o
Desenvolvimento Sustentável, oferecido em parceria entre o Instituto
BioAtlântica, o Instituto Politécnico de Tomar e a Fundação Goceix
(Universidade Federal de Ouro Preto). O objectivo do curso, que irá ser
promovido também em Portugal, é o de formar lideranças regionais capazes de
integrar as acções de diversos sectores em projectos concretos de desenvolvimento
sustentável.
Primeiro território a receber a iniciativa, a região
do Vale do Aço no Brasil é um dos mais importantes pólos industriais daquele
País, e tem na questão dos recursos hídricos e do solo os grandes desafios
para seu desenvolvimento socioeconómico. “Apenas acções integradas, com
lideranças dos diversos sectores, poderão nos trazer algumas soluções para
recuperarmos a qualidade ambiental e promover o desenvolvimento da
região”, comentou Inguelore Scheunemann, pesquisadora associada do
Instituto BioAtlântica e coordenadora, com Luiz Oosterbeek, do curso.
A priorização da construção com os cidadãos dos
conceitos de espaço, tempo e causalidade, e a didáctica da importância
crucial da tecnologia e da ciência para o futuro das sociedades, são dois
vectores dominantes dos programas de Gestão Integrada do Território, explicou
Luiz Oosterbeek. O sistema de salas virtuais PACAD (que o Médio Tejo vai
implementar, e que já se começou a estruturar no Brasil) e o projecto
Andakatu (do Museu de Mação, que também já foi apresentado no Brasil) foram
longamente debatidos pelos integrantes do curso, que são na sua maioria
quadros dirigentes de diversas empresas, com formações muito diversificadas
(biólogos, arquitectos, engenheiros químicos, sociólogos, gestores,
economistas, entre outros).
Realizado no Centro de Biodiversidade da Usipa, o
primeiro módulo do curso apresenta aos participantes os princípios de Gestão
Integrada de Território, abordando conceitos e objectivos, génese dos modelos
de gestão do território no século XX, aceleração de tendências centrípetas na
transição do milénio e a nova consciência difusa, princípios orientadores e
estudos de caso, entre os quais merecerá atenção destacada o modelo de Mação
e em geral a região do Médio Tejo. Entre os 37 participantes matriculados no
curso, cinco estão recebendo bolsas oferecidas pelos patrocinadores da
iniciativa.
Realizado com o apoio da prefeitura de Ipatinga e do
governo de Minas Gerais, o curso é patrocinado por algumas das mais
importantes empresas Brasileiras, que em muitos casos não apenas o
financiaram mas enviaram os seus quadros para frequentarem o curso, como nos
casos da MPX Energia, Grupo Lorentzen, Usiminas, Anglo American, Federação
das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – Firjan, Cemig (Companhia
Energética de Minas Gerais), VSB (Vallourec & Sumitomo Tubos do Brasil) e
Petrobras.
Este projecto que o IPT agora inicia no Brasil, além
da ponte já estabelecida com o Instituto Terra e Memória em Mação, constitui
uma ponte importante para a internacionalização das empresas do médio Tejo,
em associação com o tecido empresarial da região do Vale do Aço. Esta
possibilidade será apresentada no dia 26 de Junho, em Mação, no âmbito de um
seminário que irá ser organizado, no âmbito de um outro projecto Europeu
(Meet Us).
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