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[Archport] Atentado ao patrimínio de Abrantes

To :   "archport" <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Atentado ao patrimínio de Abrantes
From :   José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Date :   Thu, 17 Jun 2010 17:20:54 +0100

Por o sistema ter dado como informação de que a mensagem continha destinatários implícitos, não lhe foi dado imediato seguimento.  Peço desculpa a Maria Isabel da Veiga Cabral pelo eventual lapso do sistema. - J. d'E.
 

 
                J. d'E.
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---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Maria Isabel da Veiga Cabral <isabelveigacabral@gmail.com>
Data: 15 de Junho de 2010 12:37
Assunto: Re: [Archport] Atentado ao patrimínio de Abrantes
Para: Filomena Gaspar <filomena.gaspar@cm-abrantes.pt>


   Bom dia Sra. D. Filomena Gaspar

        Cara Colega

         Recebi o seu e-mail sobre a necrópole medieval que se encontra junto da muralha de Abrantes, que me pareceu pouco claro, pelas razões que a seguir exponho.

      A primeira razão prende-se com a sua suposição, errada de resto, de que se pretende "politizar o seu trabalho". Não sei como um trabalho, que deveria ser científico, se pode politizar, mas a cara colega lá saberá de si.... 

      Quanto a mim vejo a coisas de forma diferente - as águas devem estar separadas, a menos que não haja sentido profissional. 

      A política ou a "politização" como escreve, deve ser exercida em foros próprios e, que me lembre, não me dirigi à Assembleia da República, nem a nenhum orgão ou partido político, nem a cara colega respondeu a um pedido de informação, feito por mim como representante de um qualquer orgão político ou similar. 

           Fi-lo em nome pessoal e nem sequer como Vice-presidente da Real Associação do Médio Tejo. De resto esta ONG, que é apolítica, tem apenas como qualidade pugnar, com completa isenção, pelos interesses dos cidadãos que compreendem os seus 14 concelhos  (permita-me que lhe recomende a leitura dos seus Estatutos, disponíveis para toda a gente). Graça a Deus poupou-nos a todos os que receberam a sua informação, da leitura da longa lista das ONGs a que  me encontro ligada - teria sido um tédio.

      Quanto aos trabalhos de escavação que está a realizar, confio inteiramente na competência dos grandes profissionais que são os arqueólogos do IGESPAR para fazerem o seu acompanhamento.

      Quanto à sua disponibilidade, agradeço-lha e, acredite, aprecio-a deveras, tanto mais que, não foi a mesma quando a ONG já referida a contactou, há alguns meses, sobre as escavações do Convento de S. Domingos. Já agora, a "talhe de foice" permita-me chamar a sua atenção para a correcção que deve ser feita quanto a designação de um importante, mas negligenciado, espaço do Convento, incorrectamente definido como simples parque de estacionamento, (de feitura recente) o qual corresponde, na verdade, ao horto e cerca conventual.

        Com os meus cumprimentos,

                                              Maria Isabel da Veiga Cabral

 


No dia 15 de Junho de 2010 11:36, Filomena Gaspar <filomena.gaspar@cm-abrantes.pt> escreveu:

Bom dia caros colegas

Neste local de encontro dos arqueólogos portugueses, veio a Sra. D. Isabel Veiga Cabral, Vice-presidente da Real Associação do Médio Tejo ( com sede em Abrantes), colocar uma pergunta respeitante aos trabalhos arqueológicos em curso na Parada Abel Hipólito, vulgo Heliporto, em Abrantes.
Antes de mais devo informar que estou sempre disponível, desde que possa, para esclarecer quaisquer dúvidas que os meus concidadãos tenham acercam do seu património, particularmente os sítios arqueológicos. Para tal, e uma vez que sou uma pessoa bastante acessível, basta dirigirem-se ao meu local de trabalho ou, enviarem email para o departamento de cultura da Autarquia de Abrantes.
Aquilo que não posso aceitar é que se tente politiquizar o meu trabalho.
Neste momento, e concretamente em relação à pergunta da Sra. D.Isabel, tenho a informar que o património Abrantino não está a ser ameaçado nesta área. Aliás, prova disso são os trabalhos arqueológicos que estão a ser feitos na sequência justamente do acompanhamento arqueológico levado a cabo pela arqueóloga signatária e o assistente de arqueólogo, Álvaro Batista.
Com efeito, foi na sequência dos trabalhos de acompanhamento arqueológico, autorizados superiormente pelo  IGESPAR, das obras de arranjo da futura Praça D. Francisco de Almeida, que foram identificados vestígios osteológicos humanos que permite pensar na existência de uma necrópole medieval neste local.
A cota de obra é bastante alta, aliás, em relação à maioria dos vestígios da necrópole medieval identificada, sendo que todos os trabalhos de escavação e posterior estudo osteológico serão feitos sem pressões.
Depois dos trabalhos concluídos, e à semelhança dos trabalhos arqueológicos anteriormente realizados no Concelho de Abrantes, os resultados serão dados a conhecer publicamente.

Filomena Gaspar




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