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[Archport] Setúbal e a arqueologia pós-medieval - tema de doutoramento

To :   "archport" <archport@ci.uc.pt>, "histport" <histport@ml.ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Setúbal e a arqueologia pós-medieval - tema de doutoramento
From :   José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Date :   Thu, 15 Jul 2010 15:44:32 +0100

            Ainda que o doutoramento de José Luís Neto - jlneto77@gmail.com - já tenha ocorrido a 22 de Abril, p. p., é com todo o gosto que - por só agora ter tido de tal conhecimento - que dele deixo aqui informação, para que conste como registo.

            Foi na capela da Faculdad de Geografía e Historia da Universidad de Salamanca que ocorreu a defesa, tendo o candidato obtido a nota máxima.

            O orientador do trabalho - intitulado «A Idade do Ouro Branco: O contributo da Arqueologia pós-medieval para o conhecimento de Setúbal, uma cidade portuária portuguesa» - foi o Doutor João Luís Cardoso (catedrático de Arqueologia e presidente do Conselho Científico da Universidade Aberta) e integraram o júri os doutores José Manuel Fernandes Rolão, Jorge Manuel Pestana Forte de Oliveira, Miguel Cisneros Cunchillos, Francisco Sande Lemos e Jacinto Martínez de Vega (director da Faculdade).

            Aproveita-se o ensejo para dar conta das linhas-mestras da dissertação. Depois de sublinhar que a região de Setúbal «foi alvo de investigações arqueológicas desde o século XVI», «com estações que exercem um poderoso fascínio nos investigadores, como a cidade romana de Tróia, identificada desde o século XVI como a antiga Caetobriga», a tese divide-se em duas partes.

            Procura desvendar a primeira as intenções dos investigadores que procuraram definir as raízes e a história das populações que aí viveram, bem como das instituições que patrocinaram estes estudos, para além de se procurar ver qual o papel das narrativas históricas na construção da imagem colectiva.

            A segunda parte visa, através de um estudo de arqueologia pós-medieval, observar a dinâmica económica, social e mental do período mais importante da história do povoado, onde Setúbal procurava disputar o estatuto de segunda cidade do País, rivalizando com o Porto. Gerada pela riqueza da exploração e exportação do sal, essa Idade do Ouro foi ficcionada posteriormente pelos investigadores locais. Submetendo as metodologias arqueológicas e as da História a meros instrumentos utilitários, o autor conseguiu vislumbrar as dinâmicas de funcionamento de uma cidade ibérica, católica e comerciante, cujo modelo-padrão foi disseminado e copiado em África, na América e na Ásia.

 

                                                                                        José d'Encarnação


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