Ainda que o
doutoramento de José Luís Neto - jlneto77@gmail.com - já tenha ocorrido a 22 de Abril,
p. p., é com todo o gosto que - por só agora ter tido de tal conhecimento - que
dele deixo aqui informação, para que conste como registo. Foi na capela da Faculdad de Geografía e Historia da Universidad de Salamanca que ocorreu a defesa, tendo o candidato obtido a nota máxima.
O orientador do trabalho - intitulado «A Idade do Ouro Branco: O
contributo da Arqueologia pós-medieval para o conhecimento de Setúbal, uma
cidade portuária portuguesa» - foi o Doutor João Luís Cardoso (catedrático de
Arqueologia e presidente do Conselho Científico da Universidade Aberta) e
integraram o júri os doutores José Manuel Fernandes Rolão, Jorge Manuel Pestana
Forte de Oliveira, Miguel Cisneros Cunchillos, Francisco Sande Lemos e Jacinto
Martínez de Vega (director da Faculdade). Aproveita-se o ensejo para dar conta das linhas-mestras da dissertação. Depois de sublinhar que a região de Setúbal «foi alvo de investigações arqueológicas desde o século XVI», «com estações que exercem um poderoso fascínio nos investigadores, como a cidade romana de Tróia, identificada desde o século XVI como a antiga Caetobriga», a tese divide-se em duas partes.
Procura desvendar a primeira as intenções dos investigadores que
procuraram definir as raízes e a história das populações que aí viveram, bem
como das instituições que patrocinaram estes estudos, para além de se procurar
ver qual o papel das narrativas históricas na construção da imagem
colectiva. A segunda parte visa, através de um estudo de arqueologia pós-medieval, observar a dinâmica económica, social e mental do período mais importante da história do povoado, onde Setúbal procurava disputar o estatuto de segunda cidade do País, rivalizando com o Porto. Gerada pela riqueza da exploração e exportação do sal, essa Idade do Ouro foi ficcionada posteriormente pelos investigadores locais. Submetendo as metodologias arqueológicas e as da História a meros instrumentos utilitários, o autor conseguiu vislumbrar as dinâmicas de funcionamento de uma cidade ibérica, católica e comerciante, cujo modelo-padrão foi disseminado e copiado em África, na América e na Ásia.
José
d'Encarnação |
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