Integrado na Rede de Monumentos do Vale do Douro
*Fonte do Milho um património que vai estar à mão de todos*
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Após mais de 60 anos "escondida" e abandonada num morro de uma quinta
duriense, os vestígios da estação arqueológica da Fonte do Milho, em
Canelas, voltam a ver a luz do dia:
A Câmara Municipal de Peso da Régua e Direcção Regional de Cultura do Norte
fizeram uma candidatura ao Programa Turismo Douro-Infraestrutural no valor
de cerca de 1 milhão cento e oitenta mil euros que, além de várias
intervenções na estação, inclui a construção de um Centro Interpretativo e
de Acolhimento. O estudo e valorização da estação arqueológica da Fonte do
Milho já tem cerca de seis meses de trabalho faseado e tem emergido algumas
situações interessantes, que estão a merecer especial atenção por parte dos
arqueólogos envolvidos, que pretendem ir muito mais além do trabalho
desenvolvido por Russel Cortez, entre os anos 40 e 50. Ou seja, antes da
fortificação castreja, existia uma "villa" do séc. II ou III a.C. , uma
estrada monumentalizada, uma espécie de lagares destinados à produção de
vinho, e também podem estar relacionados com a extracção de azeite.
Na apresentação do projecto de estudo e dos trabalhos já realizados, levada
a cabo na sede da Junta de Freguesia de Canelas, a responsável pela Direcção
Regional de Cultura do Norte, Paula Silva, considerou mesmo a Fonte do Milho
um caso paradigmático. "A estação arqueológica tem uma presença romana com
cerca de 2000 anos, onde existem vestígios de lagares de azeite e vinho, que
nos permite afirmar que a criação da Região Demarcada do Douro vem muito
antes da época do Marquês de Pombal. Isso mesmo apontam as escavações". O
presidende da Câmara Municipal de Peso da Réua, Nuno Gonçalves, realçou a
importância da Fonte do Milho para a freguesia e para o concelho, admitindo
que a sua reabilitação e reordenação patrimonial era um velho sonho. "Desde