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[Archport] Imagens da Zona Histórica de Castelo Branco

To :   <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Imagens da Zona Histórica de Castelo Branco
From :   pedro salvado <pedro-salvado@hotmail.com>
Date :   Mon, 8 Nov 2010 10:22:02 +0000

http://videos.sapo.pt/ma4ldFElmtRoCwW7R0oC

http://castelobrancocidade.blogspot.com/2010/11/velhas-ruas-da-minha-cidade.html

 

Ainda que com leituras contraditórias, ambos os registos dizem respeito a um complexo patrimonial urbano beirão, muito singular na sua génese e evolução: a apelidada zona histórica de Castelo Branco. São duas perspectivas de cidadãos que faço questão de partilhar. Ambos trabalharam na região em instituições do Estado ligadas à gestão do património cultural. O António Veríssimo foi guarda do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior, o arquitecto José Afonso assumiu a direcção regional do ex-Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), do ex-Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) e, por fim, foi director de serviços da Direcção Regional de Cultura do Centro.  O sr. arquitecto é actualmente o director do Gabinete de Reabilitação da Zona Histórica de Castelo Branco, da Cãmara Municipal de Castelo Branco,  que tem vindo a desenvolver um impar trabalho de caracterização, de estudo e, também, de invenção sobre o passado, principalmente judaico e cristão-novo, arquitectónico da cidade histórica.  É notável o seu empenho em inverter aquilo que, na peça, admite «durante muitas décadas esta zona foi votada ao total abandono.» Resta saber por quem ou por que instituições? A peça do António Veríssimo, cidadão consciente  que gere O Albicastrense blog de referência da cidade e da região, autêntico arqueólogo da memória local, também demonstra à evidência que o discurso do património está vivo e é plural, transversal a actores, funções, interesses ( científicos, arqueológicos, turísticos, religiosos e outros), imagens, críticas, instituições e níveis de cidadania. Razão tinha Italo Calvino ao escrever: «É uma cidade igual a um sonho: tudo o que pode ser imaginado pode ser sonhado, mas mesmo o mais inesperado dos sonhos é um quebra-cabeça que esconde um desejo, ou então o seu oposto, um medo. As cidades, como os sonhos, são construídas por desejos e medos, ainda que o fio condutor dos seus discursos seja secreto, que as suas regras sejam absurdas, as suas perspectivas enganosas, e que todas as coisas escondam uma outra coisa.»

E como os “mundos” da arqueologia têm andado algo ácidos aqui fica a musiquinha Darklands  dos The Jesus and Mary Chain para que, na efemeridade de tudo,  optem sempre pelo caminho luminoso do sonho e não do medo.

as sure as life means nothing / and all things end in nothing / i want to move /  i want to go                               / i want to stay

 

http://www.youtube.com/watch?v=_w9sCTtZ9EA&feature=channel


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