Estimados Archeportianos Relembramos a sessão a propor para o IV JIA 2011, disponível para receber porpostas de comunicação de arqueólogos não doutorados. Aos interessados relembramos que será necessário enviar os seguintes dados: Nome Título da ccomunicação Instituição (se aplicável) Contacto electrónico Propostas serão recebidas até dia 8 de Dezembro no email jpdrgms@gmail.com Muito obrigado pela atenção Com os melhores cumprimentos Os coordenadores João Pedro Gomes Paulo César Santos “Quotidianos no espaço do Império Português – da União Ibérica ao Terramoto de 1755”
Se a denominada Idade Moderna portuguesa se encontra grandemente estudada e analisada na sua sociedade, nas suas instituições e órgãos de poder e nas produções artísticas que subsistiram até aos nossos dias, o mesmo não se poderá afirmar do quotidiano desse período, sendo a imagem que temos resgatada da documentação oficial e privada, descritiva e analítica, ou do que dela resta. A Arqueologia vem demonstrando, ao longo do seu processo de maturação como Ciência, que desempenha um importante papel na compreensão, clarificação e até desmistificação de alguns pré-conceitos existentes no entendimento do Passado, principalmente do Passado mais próximo de nós. No que respeita ao quotidiano português moderno, imperial, se julgou, durante muito tempo, constituírem os elementos escritos e iconográficos a única fonte de informação para o seu conhecimento. No entanto, a Arqueologia do período moderno tem ganho lugar de destaque e tem se tornado grande auxiliar na construção da história recente do nosso país. Assume esta sessão temática a vontade de dar espaço ao estudo e investigações que, de alguma forma, se enquadrem na disciplina da Arqueologia Moderna. Assim, se pretendem reunir arqueólogos cujos trabalhos e investigações foquem, cronologicamente, o período compreendido entre 1580 (data da União Dinástica sob a coroa dos Habsburgos) e o terramoto de 1775. Considera-se este período particular, pois nele se desenvolveram manifestações políticas, econômicas, sociais e artísticas específicas que evidenciam a forma como o Homem português metropolitano e colonial se relacionou com o meio que o envolvia. E é este Homem e as suas realizações materiais que procuramos perscrutar e entender de forma mais completa com esta sessão. Mas não só as realizações materiais que subsistiram têm aqui lugar: essas, pela sua magnitude e destaque, foram protegidas pela acção do tempo e das vontades e preservadas. Outras, por outro lado, de menor envergadura ou importância, não resistiram à erosão natural e humana e pereceram, dando origem a novas manifestações ou deixando um vazio, restando apenas vestígios da sua existência. É nos vestígios destas manifestações materiais, nas suas mais variadas concepções, que buscamos relações entre espaço e indivíduos, entre concepção e realização, enriquecendo, desta forma, o entendimento do que foi viver no Império Português, dos seus quotidianos. Assim, nesta sessão, se pretendem comunicações que abordem os seguintes temas: - arquitectura: estudos que explorem vestígios de edificações públicas ou privadas, domésticas, administrativas, produtivas e militares em território metropolitano e colonial; - urbanismo: alterações urbanísticas pré-terramoto, establecimento de novas cidades e missões nas colónias, modelos urbanísticos metropolitanos e coloniais, organização urbanística e serviços de saneamento e higiene pública; - cultura material: cerâmica, vidro, joalharia e ourivesaria nas suas variadas facetas – locais e técnicas de produção, origem das matérias-primas, rotas comerciais, mercados de consumo, utilizações; Dar-se-á especial atenção a estudos e investigações que coloquem em confronto fontes documentais e vestígios arqueológicos, numa tentativa de fazer corresponder ou refutar possíveis relações assim como os que evidenciem forte cariz interdisciplinar e que explorem a dicotomia metrópole – colónia.
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