Viva! TED Talks: Elaine Morgan says we evolved from aquatic apes: http://www.ted.com/talks/lang/eng/elaine_morgan_says_we_evolved_from_aquatic_apes.html Partilho convosco este vídeo na sequência do encontro que termina esta Sexta-Feira na Gulbenkian sobre um tema que me é muito caro e em relação ao qual, espero, as gerações futuras nos desculpem pela forma como as posições políticas e os interesses económicos ditaram a traição dos princípios sobre os quais a ciência foi fundada. Esta palestra que vos envio, também sobre um tema que me envolve, apesar de veicular uma teoria que não me parece bem fundamentada por enquanto, arrebatou-me desde que a vi pela primeira vez - está tudo lá: a ciência por encomenda, por conferência de imprensa ou por votação de braço no ar; a ciência estabelecida, onde o debate está terminado; a ciência por consenso de uma maioria ou de uma alegada maioria, onde os dissidentes (os cépticos, como qualquer cientista que se preze deve ser) são marginalizados e insultados; a ciência feita a partir das cátedras de alguns; os fundos de investigação rejeitados aos que não professam os dogmas dominantes; a ciência anti-Galileu, anti-Newton, anti-Einstein, anti-qualquer um que ouse abalar o status; a ciência que não admite que uma só pessoa possa estar certa quando todos estão errados porque, nas ciências de hoje, as maiorias é que detêm a razão - razão essa formulada por paineis internacionais ou, quando os cientistas se tornam incómodos, intergovernamentais. Quantas outras áreas científicas não haverá com o mesmo problema? Estas duas, porém, acompanham-me desde o primeiro ano de arqueologia. Foi nessa altura que percebi que quando na ausência de registos escritos, como acontece nas sociedades pré e proto-históricas, o caminho está aberto para as masturbações intelectuais gauchistas sobre sociedades pacifistas, igualitárias e vegetarianas. Que por mais delirantes que sejam as teorias vigentes, têm de ser apresentadas como verdade verificada quando submetemos algo para ser avaliado. E foi nessa mesma altura que, tomando contacto com a paleoclimatologia, atrevi-me a dizer "desconfio" em relação àquilo que é dado a conhecer às massas sobre o clima do planeta. Nos últimos quatro anos, a climatologia tem sido um hobby tão gratificante em termos do conhecimento que ganhei, como doloroso pelas desavenças, insultos pessoais e inimizades por pensar pela minha cabeça. Não partilho da opinião da senhora do vídeo, mas, tenho de reconhecer que é interessante e digna de debate. Mesmo que ela defendesse um disparate sem qualquer ponta por onde se pudesse pegar, seria uma opinião tão digna de ser debatida e submetida ao processo de falsificação e replicação como qualquer outra. Quantas vezes não bastou um só indivíduo com uma ideia absurda e contrária à opinião geral para revolucionar a ciência e a história da humanidade? Com os melhores cumprimentos! António Gaito O texto acima foi escrito com o maior desprezo pelo Acordo Ortográfico. António Lopes Pereira Gaito |
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