Em 1974, foram publicados, nas Actas do 3º Congresso Nacional de Arqueologia, materiais arqueológicos provenientes de um sítio não longe de Coruche. Dele nada se sabia antes e pouco se soube depois, salvo a sua integral destruição.
O espólio arqueológico então recolhido por Prescott Vicente e Miguéis de Andrade indica o universo megalítico, mas no local não foi registado qualquer esteio de anta nem observado qualquer elemento que permitisse caracterizar definitivamente o sítio.
Victor S. Gonçalves, professor catedrático da Universidade de Lisboa e director do Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa (UNIARQ), retoma o estudo das placas de xisto gravadas e dos báculos, agora integralmente desenhados e cuidadosamente fotografados, procurando efectuar uma síntese da situação ao abrigo das novas informações entretanto recolhidas no âmbito do estudo do 4º e do 3º milénios a.n.e. e do próprio Projecto PLACA NOSTRA. São também publicados materiais inéditos integrados nos acervos do Museu Municipal de Coruche.
A colecção Cadernos da UNIARQ, agora reformulada graficamente, tem aqui o seu sétimo volume.
«...nenhuma estrutura sobreviveu à hecatombe de 1971. Nada resta no terreno e, se restasse, uma construção recente teve certamente o papel de Átila o Huno, e a relva já não cresce por ali. Há por certo os materiais arqueológicos que, em boa hora, Gil Miguéis de Andrade ofereceu ao Museu Municipal de Coruche. E, entre eles, uma boa quantidade de placas de xisto gravadas. Sendo de origem este trabalho sobre elas, bem poderíamos esquecer tudo o resto. Como se verá, não foi assim e as cerâmicas mereceram particular atenção, pelo que a sua forma e elementos decorativos nos poderiam ensinar.
Quanto às placas de xisto gravadas, elas integraram um complexo mágico-religioso que se desenvolveu nos últimos séculos do 4º milénio a.n.e. e perdurou na primeira metade do 3º. Podem ser analisadas, em casos específicos, de per se, mas, por razões que não têm apenas que ver com estatística, quanto maior for o conjunto melhor. E este, se está longe das grandes concentrações de placas do Alentejo central – ou mesmo de alguns monumentos do Alto Alentejo – permite e justifica largamente descrição, análise e comentário. Assim se fez. »
Do limiar, por VSG
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