Re: [Archport] FALECIMENTO DA DR.ª MARIA MAIA
Em nome do Museu Nacional de Arqueologia (MNA) quero expressar o mais
profundo pesar pelo falecimento da nossa colega e amiga Dra. Maria Maia.
Todos perdemos e o MNA perde em maior grau, porque a Dra. Maria Maia foi uma
das conservadoras mais competentes que jamais passaram pela instituição e
continuava a ser uma das vozes e consultoras a que recorríamos
repetidamente.
A última exposição sobre a arqueologia de Tavira feita no MNA, coordenada
por ela e pelo Dr. Manuel Maia - a quem apresentamos também sentidos
pêsames -, foi bem a prova de como as instituições têm memória e vida, que
está para além das vicissitudes da história.
A Dra. Maria Maia será por isso, sempre, um pedra angular do MNA, antes e
para além de ser uma amiga pessoal que muito admirava.
Luís Raposo
Director do Museu Nacional de Arqueologia
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Sent: Thursday, July 14, 2011 11:59 AM
Subject: [Archport] FALECIMENTO DA DR.ª MARIA MAIA
Caros Colegas a Amigos,
Acabo de saber do falecimento, esta madrugada, no Hospital de Faro, da
Dr.ª Maria Maia, minha querida amiga e colega desde os tempos da
Faculdade. Dotada de uma inteligência fora do comum, a Maria, ao longo
de mais de quarenta anos de actividade profissional, quer como
Conservadora do Museu Nacional de Arqueologia, quer como docente das
Universidades de Lisboa e do Algarve, quer sobretudo como
investigadora, deu um importante contributo para o conhecimento da
Proto-História e da Arqueologia Romana em Portugal. Entre as suas
contribuições mais importantes, quero apenas destacar o seu trabalho
no domínio do estudo da terra sigillata de Troia de Setúbal, que
utilizou na sua Dissertação de Licenciatura, as investigações
desenvolvidas, em colaboração com seu marido, o Dr. Manuel Maia, em
Castro Verde, no domínio da Idade do Ferro, a descoberta do depósito
de lucernas de Santa Bárbara de Padrões, também em Castro Verde, que
deu origem ao Museu da Lucerna, e, mais recentemente, as notáveis
descobertas das Muralhas e da Cidade Fenícia de Tavira, que vieram
demonstrar, pela primeira vez, a efectiva presença daquela outrora
poderosa civilização mediterrânica em Portugal.
O falecimento da Dr.ª Maria Maia constitui assim uma enorme perda não
só para a sua família e amigos mais próximos, mas também para a
Arqueologia Portuguesa !
Que repouse em paz !
Resta-me manifestar a minha profunda solidariedade com o Manuel, a
quem, na impossiblidade de o contactar por telefone, envio um forte
abraço.
José Morais Arnaud
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