Curioso mesmo
é sermos poucos a pensar assim.
Pergunto-me quantos é que farão contas ao que efectivamente ganham no final de uma semana de trabalho.
Eu já fiz essas contas, e o resultado foi despedir-me da arqueologia. Não há condições para poder dar-me ao luxo de exercer a actividade para a qual me formei. Efectivamente é lamentável, mas mais lamentável seria, se ao fim de 9 anos de experiência pagasse para trabalhar. Já não tenho idade, nem carteira para isso.
E a desculpa: "aceita-se o trabalho, porque se não aceitar eu, alguém há-de aceitar, e preciso do dinheiro", como se diz na minha "terrinha" é desculpa de quem tem carteira recheada, e não têm contas ao fim do mês para pagar.
Se hoje formos meia dúzia a pensar assim, e dermos voz aos nossos pensamentos, talvez amanhã sejemos 20, e quem sabe um dia o panorama arqueológico mude.
Saudações
Diana Santos
Citando Patricia Bargão <patricia.bargao@gmail.com>:
É curioso....
Acho de facto curioso a apresentação de diferentes pontos de vista e particularmente o que se discute no âmbito da arqueologia empresarial.
As ofertas de trabalho são de tal forma magras e mal nutridas que perde tempo a discutir o impensável.
Quando se advoga como ponto a favor, e cito " foi-me pago grande parte do combustível", tratando-se da utilização de um veículo próprio ao serviço de uma empresa, nem sei por onde começar a explicar ridículo desta situação.
Para além do custo do combustível que, como é óbvio, tem de ser pago na totalidade, os carros tem desgaste de pneus, óleo, filtros, etc e todos estes custos tem de ser contabilizados.
Talvez por isso exista uma tabela de referência para a função pública de deslocações em viatura própria, paga ao Km que é actualizada anualmente.
Por mais incrível que pareça é com base neste valor, que actualmente é de 0,36 euros p/ KM, que são pagas as deslocações nas empresas privadas.
Ora, não é necessário uma grande apetência para a aritmética para chegar à conclusão que esta situação só é vantajosa para as empresas em situações muito especiais, visto que na maioria da vezes trata-se de uma utilização de longa duração, tornando-se menos dispendioso para a empresa alugar um veiculo.
Do meu ponto de vista não se trata de discutir quanto se ganha ou qual o valor/dia; estou em crer que, se os valores de deslocações, alimentação e alojamento fossem pagos segundo as tabelas de referência do estado, mesmo ganhando menos, toda a gente iria ganhar mais, pois sobre estes valores não incidem impostos e teríamos condições mais dignas de trabalho.Saudações.Patrícia Bargão
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