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[Archport] Escola de gladiadores nos arredores de Viena de Áustria

To :   Archport <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Escola de gladiadores nos arredores de Viena de Áustria
From :   António Correia <avantecomuna@iol.pt>
Date :   Thu, 08 Sep 2011 15:32:22 +0100

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*Lepre et al 2011 an earlier origin for the Acheulian*

No dia 10 de Setembro 2011, sábado, pelas 15h00, no Arquivo Municipal de Loulé, vai ser apresentada a conferência ?A Intervenção Arqueológica no Claustro do 
Convento do Espírito Santo?.
http://press.algarvecentral.net/?p=11228
 
 
 
Um grupo de arqueólogos descobriu as ruínas de uma escola de gladiadores nos arredores de Viena, na Áustria. Descrito como "sensacional", o achado irá fornecer novas informações sobre a vida dos lutadores que viveram durante o Império Romano.

No local, 45 quilómetros a leste da capital austríaca, existem ainda vestígios da sala de treino aquecida em que os homens se preparavam. A escola foi encontrada por baixo da antiga aldeia romana de Carnuntum, que conta com um dos anfiteatros mais ricos alguma vez descoberto. Segundo a equipa de arqueólogos, esta é a primeira escola de gladiadores a ser descoberta fora de Itália. 


As imagens de radar mostram um complexo, rodeado de paredes grossas, com 40 quartos onde os lutadores viviam e que, de acordo com a AFP, eram tão pequenos que lá dentro mal se conseguia andar.

Frank Humer, um dos arqueólogos envolvidos na descoberta, explicou que "os paus de madeira tradicionalmente usados pelos gladiadores para derrotarem o seu rival durante os treinos ainda são visíveis no meio da arena da escola". Em entrevista à revista alemã "Der Spiegel", Humer afirmou que a descoberta apenas foi possível graças aos avanços significativos no equipamento para pesquisar e perfurar o solo, que permitiu aos arqueólogos identificar claramente as estruturas soterradas. "Agora sabemos o que está lá em baixo e podemos levar o nosso tempo antes de decidir se devemos escavar", sublinhou.

Segundo as autoridades austríacas, o início das escavações ainda não tem data marcada, uma vez que a equipa necessita de elaborar um plano para conservar o mais possível das ruínas. "Quando alguém tem um ferimento grave, primeiro é preciso fazer uma série de radiografias, antes de o cirurgião fazer o seu trabalho", justificou Wolfgang Neubauer, director do Instituto Ludwig Bolzman para a Prospecção Arqueológica e a Arqueologia Virtual.
 
Além da arena e dos alojamentos, a escola conta ainda com um espaço de treino aquecido que os lutadores deviam usar no Inverno, balneários, escritórios administrativos. A palavra gladiador vem do termo latino "gladius", que significa espada, e durante o Império Romano estes homens - muitas vezes criminosos, prisioneiros de guerra e escravos - eram atiçados uns contra os outros ou contra animais selvagens para entretimento do público. A maioria morria de forma violenta em combate, mas se pelo destino se tornavam famosos podiam ser libertados. Eram muitas vezes admirados pela sua coragem, homenageados em peças de arte e enterrados em túmulos ornamentados em sinal de respeito. 

Frank Humer contou que as imagens obtidas por radar mostram ainda um espaço que poderá ser o cemitério dos gladiadores. "Para o arqueólogo o próximo passo é construir um modelo do tamanho real da escola. Se correr bem, podemos até não ter de escavar - vamos ter a possibilidade de a deixar debaixo da terra, onde não será danificada", afirmou.

Com cerca de 50 mil habitantes, Carnuntum era a capital da província romana da Panónia, que ocupava a Áustria e grande parte dos Balcãs. Os especialistas dizem que a escola foi fundada a meio do século I a. C. Estes combates sangrentos atingiram o pico entre o século I a. C. e o II d. C. e continuaram até ao século IV, quando o cristianismo passou a religião oficial do império. 

Os gladiadores foram responsáveis por uma das maiores revoltas contra o império. Em 73 a. C., 200 gladiadores, comandados por Espártaco, revoltaram-se e libertaram milhares de escravos, tendo sido preciso vários exércitos romanos para os derrotar.

http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,784726,00.html
 

 
Saúde e fraternidade,
António Correia
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