Lista archport

Mensagem

Re: [Archport] Como destruir um parque arqueológico nacional por 60 milhões de euros

To :   Alexandre Monteiro <no.arame@gmail.com>
Subject :   Re: [Archport] Como destruir um parque arqueológico nacional por 60 milhões de euros
From :   Francisco Sande Lemos <sandelemos@gmail.com>
Date :   Wed, 26 Oct 2011 01:45:27 +0100

Qual é o sentido da discussão pública de um projecto que não se vai iniciar nesta legislatura. 
Políticos do continente e das ilhas não aprendem. Gasta-se dinheiro e energia a discutir uma obra que talvez nunca se concretize por falta de dinheiro.

Propaganda política?

De qualquer modo a Associação dos Arqueólogos Portugueses e a Associação Profissional de Arqueologia deviam interpelar de forma acutilante o Governo Regional dos Açores, lançando uma campanha contra a obra, emitindo comunicados conjunto, solicitando uma audiência ao Secretário de Estado da Cultura, promovendo um debate público sobre gastos excessivos em tempo de crise e destruição paralela dos recursos endógenos com valor turístico.

Aliás é um verdadeiro insulto aos contribuintes portugueses pois que não há segundo a notícia qualquer estudo de mercado: "O documento apresentado não disponibiliza o estudo de mercado e, por isso, não são avançadas estimativas quanto ao número de cruzeiros que poderão aportar no terminal, nem de passageiros que poderão desembarcar em Angra do Heroísmo"

Nem uma análise SWAT sabem fazer?

Saudações,

Francisco Sande Lemos 

2011/10/26 Alexandre Monteiro <no.arame@gmail.com>

Cais de Cruzeiros custa 60 milhões (Geral)

Diário Insular, Terça-Feira, dia 25 de Outubro de 2011

As estimativas para o terminal de cruzeiros de Angra do Heroísmo apontam para um custo de cerca de 60 milhões de euros, disse ontem a DI o secretário regional da Economia.   
 
Ainda assim, de acordo com Vasco Cordeiro, o custo final dependerá das alterações que possam vir a ser feitas no projeto agora apresentado.   
 
Em declarações ao nosso jornal, o responsável adiantou que a obra não avança ainda nesta legislatura, sendo que neste momento decorre o período de discussão pública do projeto.       
 
PROJETO   
 
O projeto idealizado para o terminal de cruzeiros de Angra do Heroísmo inclui um cais com um comprimento de 350 a 400 metros, fundos de serviço com -12 metros (ZH), uma plataforma de apoio de 20 metros de largura, um terrapleno de 20.000 m², uma rampa para navios ferry roll on-roll off e uma gare que servirá os passageiros do terminal de cruzeiros e o transporte de passageiros inter-ilhas.  
 
A solução de arranjo geral adotada deve ser concebida da forma a minimizar os problemas de agitação na marina e no saco do Porto das Pipas, reforçar a proteção marítima do Porto das Pipas, garantir a circulação automóvel e o parqueamento em todo o terrapleno e melhorar o ordenamento da área molhada da marina.   
 
O cais de cruzeiros ficará, assim, apto para receber navios de cruzeiro com um comprimento de 300 metros, boca de 35.5 metros, calado de 8.5 metros e deslocamento de 65.000 toneladas.   
 
Os navios ferry que aportarem em Angra do Heroísmo poderão ter 120 metros de comprimento, boca de 22 metros, calado de 4.5 metros e 6.200 toneladas.   
 
"O que nos interessa neste momento é a funcionalidade do projeto, aquilo que é colocado como solução, de forma dotar o cais de todas as condições para afirmar-se não só na Terceira, mas também noutras ilhas dos Açores", afirmou o secretário regional da Economia.   
 
O documento apresentado não disponibiliza o estudo de mercado e, por isso, não são avançadas estimativas quanto ao número de cruzeiros que poderão aportar no terminal, nem de passageiros que poderão desembarcar em Angra do Heroísmo.
 
Ainda assim, Vasco Cordeiro assegura que com esta infraestutura o número de cruzeiros a parar nos Açores vai aumentar significativamente. 
 
VASCO CORDEIRO SOBRE O CAIS DE CRUZEIROS DE ANGRA DO HEROÍSMO
 
"Estamos totalmente abertos  a sugestões para alteração do projeto"   
 
O secretário regional da Economia disse estar disponível para acolher sugestões e críticas ao projeto do terminal de cruzeiros de Angra do Heroísmo.
  
"Estamos interessados na recolha do contributo dos angrenses, das suas apreciações e das suas críticas, relativamente ao cais de cruzeiros de Angra do Heroísmo. Estamos totalmente abertos a sugestões para alteração do projeto", disse Vasco Cordeiro a DI.   
 
É neste sentido que a Direcção Geral dos Portos da Terceira e Graciosa apresenta hoje, às 20h30 no pequeno auditório do Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, a "Elaboração do projeto de execução, do estudo de impacte ambiental e das peças processuais para a execução da empreitada de construção do terminal de cruzeiros de Angra do Heroísmo".   
 
A apresentação aborda as questões da prestação de serviços, condições base a que deverá obedecer o terminal de cruzeiros, condições naturais, condições de abrigo e obras a fazer.   
 
O projeto hoje apresentado teve em conta, aliás, as opiniões produzidas nos encontros promovidos pelo Instituto Histórico da Ilha Terceira.   
 
"Os debates do Instituto tornaram claras preocupações com o enquadramento funcional  do terminal, pelo que, numa fase prévia do projeto, foram pedidas as conclusões que influenciaram o projeto", sustentou Vasco Cordeiro.       
 
O projeto vai estar depois disponível para consulta nos portos de Angra e da Praia. 
 
"Se alguma entidade pretender esclarecimentos mais profundos, estamos disponíveis para dar conta do processo", adiantou o secretário regional da Economia.





_______________________________________________
Archport mailing list
Archport@ci.uc.pt
http://ml.ci.uc.pt/mailman/listinfo/archport



Mensagem anterior por data: [Archport] Como destruir um parque arqueológico nacional por 60 milhões de euros Próxima mensagem por data: Re: [Archport] Como destruir um parque arqueológico nacional por 60 milhões de euros
Mensagem anterior por assunto: [Archport] Como destruir um parque arqueológico nacional por 60 milhões de euros Próxima mensagem por assunto: Re: [Archport] Como destruir um parque arqueológico nacional por 60 milhões de euros