Durante um mês, o sítio arqueológico subaquático de S. Julião da
Barra, localizado na fronteira entre concelhos de Cascais e Oeiras, vai ser
palco de uma campanha de investigação, para levantamento dos contextos e
espólio existentes. Lançada no âmbito do Projecto de Carta Arqueológica
Subaquática de Cascais, esta iniciativa conta com a supervisão científica do
Centro de História de Além-Mar (Faculdade de Ciências Sociais e Humana da
Universidade Nova) e com a colaboração técnica e logística do IGESPAR -
Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico. Por envolver
território de Oeiras, também esta autarquia apoia a campanha.
Integrada nos
trabalhos de 2011 do Projecto de Carta Arqueológica Subaquática de Cascais a
campanha, visa o levantamento no sítio arqueológico subaquático de São Julião
da Barra (localizado na fronteira entre os municípios de Cascais e Oeiras).
Na prática, os técnicos já estão envolvidos na campanha desde dia 21 de
Setembro, preparando o trabalho no terreno.
Na sequência de uma
prévia recolha e sistematização de toda a informação disponível sobre o sítio
e respectivo espólio em fundos arquivísticos e bibliográficos, a partir de
segunda-feira, se as condições climatéricas o permitirem, fazem-se ao largo
de S. Julião da Barra para mergulhar com o objectivo de executar o
levantamento gráfico, fotográfico e georeferenciado de pormenor dos vestígios
visíveis mais relevantes.
Sobre
o sítio arqueológico subaquático de São Julião da Barra | Um dos mais importantes de Portugal continental, o
sítio arqueológico subaquático de São Julião da Barra integra um vasto e
denso conjunto de despojos de diversas cronologias. Desde sempre explorado
por mergulhadores só em meados da década de 90 foram iniciados, neste local,
trabalhos científicos, pelo então Instituto Português de Arqueologia. Nessa
data pretendeu-se estudar o naufrágio da Nau de Nossa Senhora dos Mártires
(datado do século XVII). Desta investigação resultou entre outros trabalhos,
a exposição patente no Pavilhão de Portugal da Expo 98. Nos últimos anos o
arqueológico subaquático de São Julião da Barra foi palco de diversos
trabalhos pontuais.
Sobre o Projecto de Carta Arqueológica
Subaquática da Cascais (PROCASC) | Promovido pela Autarquia, teve início em 2009 (com
antecedentes em 2008). Em 2010 foi assinado um Protocolo de colaboração entre
a Câmara Municipal de Cascais e o Centro de História de Além-Mar (FCSH da
Universidade Nova), no âmbito do Projecto de Carta Arqueológica Subaquática
da Cascais (PROCASC). Em 2011,
a Divisão de Arqueologia Náutica e Subaquática do
IGESPAR-Instituto de Gestão do Património, iniciou uma colaboração permanente
(técnica e logística) com o Projecto de Carta Arqueológica Subaquática da
Cascais (PROCASC). Nos trabalhos de 2011, atendendo à localização do sítio
arqueológico subaquático de São Julião da Barra, a CMC convidou a Câmara
Municipal de Oeiras a colaborar nos trabalhos desta campanha de levantamento
no sítio arqueológico subaquático de São Julião da Barra.
Interlocutores (sobre a Campanha em São Julião da Barra):
• Coordenador científico: José António Bettencourt (investigador
do Centro de História de Além-Mar – FCSH da Universidade Nova);
• Co-responsável: Jorge Freire (investigador do Centro de História
de Além-Mar – FCSH da Universidade Nova);
• Arqueólogo Subaquático: António Fialho (Câmara Municipal de
Cascais);
• Arqueólogo: João Luís Cardoso (Câmara Municipal de Oeiras);
• Arqueólogo Subaquático: Dr. Adolfo Miguel Martins (Divisão de
Arqueologia Náutica e Subaquática do IGESPAR).
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