O meu nome é Ana Magalhães, sou técnica de arqueologia
(Licenciatura Bolonha) e mestranda na mesma área. Comecei a trabalhar em
arqueologia há pouco tempo. Na sequência da obra de aproveitamento hidráulico da
Barragem do Sabor, fui contactada por uma empresa recente, ARQUEOLIBER, LDA., para
fazer parte da equipa responsável pelos trabalhos arqueológicos do sítio do
Laranjal, na antiga aldeia de Cilhades, Torre de Moncorvo. Os trabalhos
começaram dia 29 de Agosto de 2011 e a minha prestação de serviços (recibos
verdes) terminou no dia 4 de Outubro de 2011. Passei o recibo referente aos
honorários prestados no dia 4 de Outubro de 2011. Os restantes membros da
equipa receberam os seus vencimentos do 1º mês de trabalho e eu contudo, não
recebi nada, nem os dias de Agosto. Por isso, contactei de imediato a
arqueóloga da empresa responsável por este projecto, Margarida Santos, alegando
falta de dinheiro para me pagar e justificando o pagamento aos meus colegas com
um empréstimo que fizeram que não incluiu o meu vencimento. Desde então tenho
contactado insistentemente os arqueólogos da empresa que quando atendem as
chamadas mostram um desprezo tal que nem justificam esta situação e me prometem
dinheiro a x dia, só que esse dia nunca mais chega… Chego a ligar 30
vezes por dia de vários números de telefone e não me atendem, nem retribuem as
chamadas, sendo que quando atendem e me identifico a chamada, por coincidência
ou não, vão sempre abaixo… Sinto revolta por não ter recebido o que a mim me
cabe por direito mas sobretudo pela falta de decência e respeito que têm
mostrado. Venho por este meio dar a conhecer a realidade da actual Arqueologia empresarial,
ainda mais num projecto gigantesco, importante e multidisciplinar como a da
Barragem do Sabor. Isto, a juntar ao facto de ter conhecimento de outras
ilegalidades que esta empresa pratica…