Re: [Archport] Temos pouco tempo...

[Ana Mesquita <isis.ankh@gmail.com>]

Boa tarde,

A questão aqui levantada pela Maria Ramalho parece-me bastante pertinente e não a considero em nada abusiva. Parece extraordinário como os profissionais de Arqueologia e do Património não são olhados como verdadeiros parceiros sociais, com direito a ser ouvidos na sua área de especialização, formação e trabalho. É preciso batalhar para mudar esta realidade... e só nós o podemos fazer.

De minha parte, a intervenção que fiz no colóquio dinamizado pela AAP foi enviada pouco depois ao José Arnaud e poderá ser um contributo, caso a Associação o considere pertinente, para ajudar à redacção de uma posição ou, meramente, para anexar às conclusões do colóquio para efeito de envio ao Secretário de Estado.

Em último caso, cada um dos intervenientes poderá ainda remeter directamente as suas intervenções ao SEC, ainda que eu considere que as posições colectivas têm sempre mais força e expressão.

Votos de bom trabalho a todos,

Ana Mesquita

No dia 4 de Janeiro de 2012 17:53, Maria Moreira Baptista de Magalhães Ramalho <mariabaptistaramalho@hotmail.com> escreveu:

Caros,

Temos pouco tempo (antes da publicação das lei orgânicas das tutelas do património) para fazer chegar ao Secretário de Estado algumas opiniões, preocupações ou contributos sobre a gestão do património arquitectónico e arqueológico já que não consultaram ninguém.

 

Acredito que estejam já todos muito saturados desta matéria e preocupados com coisas provavelmente mais graves, mas julgo que, com um pouco de esforço, talvez se fizesse a diferença sobretudo porque os arqueólogos têm contribuído ao longo dos últimos anos (e por isso têm fama de incómodos), para algumas conquistas essenciais que importa não deixar cair.

 

Numa época em que já se nota um decréscimo na actividade arqueológica é importante ter em consideração que se não for reforçada a vigilância no cumprimento da Lei de Bases, nomeadamente no que diz respeito aos Centros Históricos (Áreas de Protecção e Zonas de Protecção dos imóveis classificados) é o Património que irá sofrer perdas irreparáveis e os arqueólogos que serão ainda mais prejudicados em termos de oportunidades de trabalho.

 

Assim proponho que as Associações (AAP e APA), Universidades, Empresas, etc. descubram formas de fazer ouvir a sua voz o quanto antes, nomeadamente indo buscar alguns dos textos/memorandos que foram elaborados noutras ocasiões dado que,  infelizmente, os problemas  são basicamente os mesmos. Lembro também que os intervenientes no colóquio da AAP “QUE FUTURO PARA A ARQUEOLOGIA EM PORTUGAL?” Tinham textos muito bons que, devidamente remodelados, poderiam agora ser enviados ao SEC.

 

Fica aqui esta ideia e desculpem o abuso.

 

Maria Ramalho

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