O Dr. Luís Raposo não foi
reconduzido no cargo de Director do Museu Nacional de Arqueologia por uma
decisão arbitrária e dificilmente explicável, situação que afectou outros
colegas seus (nossos). A publicação da lei orgânica
da Direcção Geral do Património Cultural – que terá de acontecer até fim de
Fevereiro - obrigará a abrir concurso para todos os lugares de director de
museus e monumentos; nesta situação seria compreensível que nenhum director
fosse reconduzido (continuando, todos, a assegurar o lugar em gestão corrente
até – legalmente - finais de Maio) ou, pelo contrário, que fossem todos
reconduzidos, sendo claro que isso era, de todas as formas, uma situação
temporária. Os júris convocados pela nova DGPC decidiriam. Mas não é isso que está a
acontecer: há renovações e há interrupções; a minha interpretação é que se
trata de “recados”. A arbitrariedade é preocupante.
Tal como são preocupantes certas coincidências com ataques inqualificáveis. Não preciso de defender o Luís
Raposo (que é notório que se defende perfeitamente sozinho). O que penso do seu
mandato, escrevi-o num texto publicado pela Associação dos Arqueólogos
Portugueses nos “Materiais para um Livro Branco da Arqueologia Portuguesa”
(Arqueologia & História nº 60-61, está disponível em http://conimbriga.academia.edu/VirgilioHipolitoCorreia/Papers/1267411/20_anos_de_arqueologia_e_museus ). Mas a cobardia do anonimato (ou do
pseudonimato) incomoda-me e, tal como a arbitrariedade, preocupa-me. Virgílio Hipólito Correia Obrigado desde já. Um abraço VHC |
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