No próximo dia 2 de Fevereiro de 2012 (quinta-feira) pelas 18 horas, no Museu do Carmo (Largo do Carmo - Lisboa), será proferida uma comunicação, intitulada:

"Megalitismo e comunidades megalíticas no Alto Alentejo: o exemplo da Ribeira Grande"

Marco António Andrade
UNIARQ - Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa

RESUMO
Localizada numa zona deprimida entre as serras de São Mamede e Ossa, a área da Ribeira Grande apresenta uma importante diversidade em termos geológicos e orográficos – diversidade que se reflecte na morfologia e distribuição dos monumentos megalíticos e nos padrões de assentamento das comunidades que os construíram e utilizaram.
Partindo de situações concretas, analisa-se o fenómeno de «megalitização» da paisagem nesta área, baseada na implantação dos monumentos e na sua relação crono-espacial. Denota-se uma interessante variedade que se reflecte na situação dos monumentos, na sua integração na paisagem e na sua morfologia.
A questão dos espaços de habitat das comunidades megalíticas é igualmente analisada. À aparente concentração de monumentos megalíticos, formando áreas de necrópole, parece que condiz uma ocupação modular do espaço, com um povoamento disperso e de fraca representatividade arqueológica – típica de comunidades com uma super-estrutura económica baseada na pastorícia transumante e agricultura de pequena escala.
Assim, podemos estar perante um cenário em que as comunidades privilegiam a mobilidade, com assentamentos de curto espectro e sem um claro investimento em estruturas habitacionais – o que não foi, contudo, impeditivo para que grandes monumentos fossem construídos.


Esta acção estará inserida na próxima reunião da Secção de Pré-História da Associação de Arqueólogos Portugueses, mas este convite é endereçado a todos o interessados na temática em questão.
A entrada é livre.

Cumprimentos

Pela Secção de Pré-História,

César Neves