Forte do Cão ou da Gelfa construído para ajudar a defender Vila Praia de Âncora
Forte do Cão ou da Gelfa construído para ajudar a defender Vila Praia de Âncora O forte do Cão, em Vila Praia de Âncora, Caminha, enquadra-se, também, no ideal de defesa da costa portuguesa engendrada por D. João IV na pós-restauração da independência em 1640. “Nascido” entre o forte da Lagarteira e o forte de Montedor, em Viana do Castelo, o forte do Cão ou da Gelfa, por se situar no lugar da Gelfa, foi construído para completar a defesa na entrada de mar em Vila Praia de Âncora. Apesar de ser de dimensões bastante inferiores, que leva alguns a chamá-lo de “fortim”, tem todas as características das outras, tanto em termos de estruturas militares como do ponto de vista do modelo arquitetónico definido para a costa marítima nacional. Basta dizer que apresenta também quatro baluartes, formando planta estrelada. Aliás, estes elementos são suficientes para que, em termos técnicos, seja considerado uma fortaleza e não um forte. No entanto, do ponto de vista artístico, é mais pobre que a Lagarteira. Em termos de época construtiva, os dados bibliográficos apontam no sentido de o forte da Lagarteira e do Cão terem sido edificados na mesma altura, ou seja, entre 1699 e 1702, já no reinado de D. Pedro II. A sua construção visou proteger o trecho da costa, na foz do rio Âncora, coadjuvando a defesa proporcionada pela praça-forte de Caminha. Edificado durante o período da Guerra da Restauração, o forte do Cão tinha como objetivo reforçar a defesa da costa portuguesa perante a ameaça da armada espanhola, nomeadamente a zona fronteiriça do Minho. A tipologia estrutural desta fortaleza apresenta evidentes semelhanças com as fortificações implantadas entre Vila Praia de Âncora e Esposende, cuja planimetria constituiu na época um avanço no sistema de defesa e vigia», lê-se no site do IGESPAR. Também está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1967. A partir daí, sofreu obras de conservação. Por exemplo, em 1972, a então Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) reconstruiu a porta de acesso e consolidou os troços em mau estado. Cinco anos depois, a DGEMN voltou a intervir no local, no sentido de consolidar as estruturas. Que se saiba, as últimas intervenções de beneficiação das muralhas aconteceram em 1985/86. Hoje, o forte apresenta sinais visíveis de degradação, com especial preocupação para um dos vértices, onde haveria uma guarita. Junto ao portão, nota-se a ausência da pedra de armas.semelhança de outros fortes, também aqui o Estado tem dificuldade em encontrar formas de dar ao forte um uso digno da sua história. Entretanto, o forte do Cão é conhecido também por ter uma jazida de seixos trabalhados [picos], utilizados para colher conchas. Em 1979, a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho fez uma sondagem que confirmou os achados. Fonte: Diário do Minho
Saúde e fraternidade,
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