[Archport] A agonia das Sete Fontes em Braga?
Bom Dia!
Tive a oportunidade de visitar no passado sábado o Complexo das Sete Fontes.
A envolvente de todo o conjunto está gravemente degradada, processo que se acelerou após ter sido classificado como Monumento Nacional em 25 de Maio do ano passado.
Incêndios, abates de árvores (incluindo sobreiros, a árvore nacional), profundos sulcos provocados pela drenagem do parque de estacionamento e acesso ao novo Hospital e que foram orientadas para a zona das Sete Fontes, estão a transformar o Vale numa espécie de grande conduta ao ar livre. O solo da envolvente não tem capacidade para aguentar o efeito conjugado dos incêndios, abate de árvores e da absorção da drenagem da via e dos parques do Hospital construídos no topo da encosta Sul do monumento.
Caso o Inverno tivesse sido chuvoso já grande parte das terras que envolvem os castelos de água e o aqueduto teriam sido arrastadas para jusante e os alicerces ficariam a descoberto provocando a ruína do edificado.
Todo este processo que aflige as Sete Fontes deriva de especulação imobiliária e apetite voraz da promotores.
A Câmara Municipal de Braga não desiste da sua pretensão de abrir variantes para facilitar urbanizações pois está aos serviço de alguns e despreza o bem comum.
Enfim: a melhor maneira de registar, fotografar e filmar a destruição de sítio com relevância é, pelo que se deduz, classificá-lo como Monumento Nacional.
De outro modo o aniquilamento realizava-se em silêncio, com o diferimento dos senhores da cidade e do património, sem todos estes episódios e imagens que ilustram um território em processo de destruição para benefício de meia-dúzia.
Os peticionários Salvem as Sete Fontes e a ASPA tencionam lutar para evitar o desastre. O corrente ano será decisivo, em especial o primeiro semestre. Pelo menos não se dirá no futuro que não combateram até ao último fôlego.
Saudações,
Francisco Sande Lemos
No próximo semestre