peço desculpa pelas mensagens sequenciais, originadas por um problema com o
outlook.
H. Matias
Sent: Tuesday, March 27, 2012 8:52 PM
Subject: Re: [Archport] Fwd: Greve Geral.
Obrigado pela informação. Mas sabe, da Ana Mesquita, e de grande parte dos
elementos que têm intervido nesta lista, facilmente se descobrem informações
visto terem os seus perfis publicos em redes sociais.
O mesmo não se pode dizer de outros que têm enchido de e-mails o archport -
que usam discursos tão idênticos entre si, que me levam a questionar a
diversidade desse(s) mesmo(s) autor(es) - com apenas um propósito: PROVOCAÇÃO.
Usando dos argumentos e discursos mais reacionários, apenas com paralelo nos
partidos do (des)governo dos últimos anos.
O seu objectivo (e de outros) nestas intervenções não é na base da
discussão, mas sim da difamação e provocação pessoal e institucional.
Por isso mesmo, termino aqui futuras intervenções sobre estas verborreias
nesta lista. Se tiver de intervir novamente será para os e-mails (pessoais???)
de quem continuar com esta vergonha, que não dignifica nem esta lista, nem quem
os escreve, bem pelo contrário!
H. Matias.
P.S.: Se têm tanto medo que o STARQ vá parar às mãos dos terriveis
comunistas, têm um bom remédio. Como Arqueólogos, apresentem listas às eleições
dos orgãos do sindicato.
Ao contrário das suas opiniões este é eleito democraticamente, e dando a
cara. Coisa que, quem se opôs tão veementemente aos objectivos do sindicato, não
teve coragem de o fazer, ao não vir defender as suas posições nas reuniões
efectuadas ao longo dos últimos 2 anos, nem o fez no passado Sábado, durante a
Assembleia Constituinte.
Sent: Tuesday, March 27, 2012 7:31 PM
Subject: [Archport] Fwd: Greve Geral.
Já agora, a caríssima Ana Mesquita é do Partido
Comunista Português, assim como a grande maioria dos futuros dirigentes do
Sindicato em Arqueologia. Será que há uma intenção de colocarem na direcção do
Sindicato alguém ligado ao PCP ou ao Bloco de Esquerda? Nota-se que este sindicato trás mais de mau do que de
bom. É promiscuo!
Eu tenho cada vez
menos certezas no mundo onde vivo, mas uma das certezas ao qual eu acredito mais
é a de que o nosso país não precisa de greves. Esta é uma das certezas que eu
estou cada vez mais ciente. Nós, atualmente estamos a pagar os erros do
passado. Há gente do sector público que faz da greve um festejo, uma festa e
depois quem é que paga? Quem paga somos nós! Quem é que fica mais
prejudicado? As pessoas mais pobres. A greve trás uma despesa para o país
que nós não precisamos. Se me perguntarem que efeitos práticos nos trás esta
greve? Eu respondo que esta greve não trás nenhuns e geram dificuldades para
quem quer trabalhar
----- Mensagem encaminhada de Ana Mesquita <isis.ankh@gmail.com>
----- Data: Tue, 27 Mar 2012 11:59:03
+0100 De: Ana Mesquita <isis.ankh@gmail.com> Assunto: Re:
[Archport] Greve Geral. Para: archport <archport@ci.uc.pt>
Caríssimos,
Em primeiro lugar, o GTPS não convocou nem pode convocar
quaisquer greves. Não é da sua competência. Apenas fez um apelo à participação e
nunca convocou, como é óbvio, greves sucessivas. Isso é confundir as
pessoas.
Ponto dois, ninguém é obrigado a pertencer a qualquer
sindicato, havendo também liberdade sindical. A excelente adesão registada na
Assembleia Constituinte prova que os trabalhadores do sector querem organizar-se
e consideram que vale a pena lutar pelos seus direitos. Mesmo que lhes tentem
dizer que não, que não vale a pena, que não há nada a fazer. Facto é que unidos
serão sempre mais fortes do que cada um por si.
Ninguém diz que as empresas de arqueologia não tenham as suas
dificuldades. Claro que muitas delas têm. Mas têm ao seu dispor formas de
organização própria, não podendo impedir que os trabalhadores façam o mesmo. O
diálogo entre uns e outros é um dos pressupostos da própria constituição do
Sindicato, que também para isso serve.
O que arrasta empresas para a ruína é, em geral, a sua fraca
estruturação, débil profissionalização e inexistência de quadros de pessoal
estáveis, qualificados e em permanente actualização, com formação profissional
apropriada in-job. A arqueologia não é diferente, bem pelo contrário.
Quanto ao Sindicato ser um trampolim para qualquer outra
coisa? convenhamos que, nessa óptica, qualquer instituição, clube, associação ou
seja lá o que for também o podem ser. Mexem com pessoas, tornam outras pessoas
conhecidas pelo seu trabalho... E daí é legítimo inferir que qualquer tipo de
amadorismo, voluntariado ou activismo é um trampolim político? Isso é atiçar
fantasmas falsos.
Depois surgem argumentos um pouco estranhos, quando se alega
que quem faz greve tem, na sua maioria, o dia pago. Revelador de grande
desconhecimento da realidade. Já os fundos de Greve são pagos pelos próprios
trabalhadores e descontados das suas contribuições para os Sindicatos que
entendem ter esse fundo.
Que me lembre, quanto aos trabalhadores do Metro de Lisboa, a
administração entrou em incumprimento do Acordo de Empresa no pagamento do
trabalho extraordinário e começou a pagar menos do que o acordado. Os do Metro
do Porto nem direito a pagamento de horas extra têm.
Se há quem queira uma Ordem, é livre de a fazer. Tal como
outros se organizaram para fazer um Sindicato.
Colegas, apelo a que esta discussão prossiga off-list, de
forma a não saturar de mensagens os restantes elementos da Archport, apesar da
discussão política ser um hábito saudável e democrático. Terei todo o gosto em
prosseguir a conversa com quem assim o entender. Saúdo todos os que de forma
bem-intencionada participaram nesta troca de ideias.
Um bem-haja a todos,
Ana Mesquita
No dia 27 de Março de 2012 09:54, joão pereira <trainzeiro@gmail.com>
escreveu:
Boa resposta
Cara Ana Catarina,
Não respondi antes devido aos trabalhos de preparação
e participação na Assembleia Constituinte do Sindicato dos Trabalhadores de
Arqueologia. No entanto, as notícias que enviou vêm precisamente no
sentido de esclarecer que não é pela retirada de férias ou pontes que os
problemas se resolvem. Se os portugueses já trabalham mais tempo, mais horas
diárias, e a produtividade é baixa, então temos que ver onde está o
problema. E o problema está, mais uma vez, na aposta em políticas de
retirada de direitos e não de crescimento e estímulo económico. Se fosse
pelo tempo de trabalho, Portugal era campeão da produtividade! Mas não é.
Não é porque desde há anos se "investe" no abate da indústria produtiva, em
vez de se apostar na sua modernização (segundo os relatórios internacionais,
esse é um dos maiores problemas da produtividade nacional - o parque
industrial obsoleto). E que produtividade podemos nós exigir à força
de chicote e baixos salários? Que motivação têm trabalhadores
permanentemente com a corda na garganta devido à precariedade, trabalho não
remunerado e progressiva perda de direitos sociais? Faz lembrar aquela letra
da música do Fausto, o Comboio Malandro: "Mas espera só quando
esse comboio malandro descarrilar e os branco chamar os preto p´ra
empurrar eu vou... mas não empurro Nem com o chicote finjo só
que faço força comboio malandro você vai ver só o castigo vai
dormir mesmo no meio do caminho!" Se a escravatura foi abolida
enquanto fundamento do sistema económico, foi, não só mas também, pelo
défice produtivo. Cada vez mais estudos comprovam que a falta de condições
salariais, sociais, etc., contribuem para a desmotivação dos trabalhadores e
para a quebra de produtividade. Portanto, seguindo este caminho, só estamos
a andar para trás e a agravar os nossos problemas. A propósito disto
tudo, recomendo, caso não tenha tido a oportunidade de ver, a Grande
Reportagem de ontem na SIC, que fazia o comparativo da realidade alemã com a
portuguesa. Os portugueses a trabalharem mais horas, sem tempo para estar
com a família, com menos comodidades e salários incomparavelmente mais
baixos, face a um custo de vida mais alto em Portugal (confesso que achei
este último aspecto da reportagem algo surpreendente). Dá que
pensar. Cumprimentos, Ana Mesquita
No dia 23 de Março de 2012 20:25, <aanacatarinaa@sapo.pt> escreveu:
Cara Ana Mesquita,
Muito obrigado pelo envio de notícias. Mas, eu enviarei
notícias actuais sobre a nossa má situação relativamente à pouca
produtividade e onde nos mostra que Portugal é o sexto país mais generoso
em termos de férias.
Portugal é o sexto país
da UE com menos produtividade no trabalho
O nível de produtividade em Portugal está
abaixo da média dos 27 países da União Europeia, indicam dados hoje
revelados pelo Eurostat.
Irlanda, Holanda e Áustria são os três
países mais produtivos da UE, dizem os números do Eurostat, retirados de
um relatório referente a 2010 sobre a competitividade dos Estados-membros,
realizado com o intuito de melhorar o indicador e a competitividade da UE
"como um todo".
Estónia, Lituânia, Roménia, Letónia e
Bulgária são os países que se situam atrás de Portugal na lista hoje
revelada, que mede o valor acrescentado bruto por trabalhador do setor
industrial.
Portugal, diz o Eurostat, beneficiaria
com o reforço dos esforços nas áreas da investigação e da inovação, feitos
tendo por base uma política integrada de fomento do
empreendedorismo.
In Diário económico, 14 de Outubro de
2011
Portugal entre os países do euro com mais
férias
Entre feriados e férias pagas, os
portugueses têm, em média, por ano, 35 dias úteis de
descanso.
Segundo um estudo da consultora Mercer, os
trabalhadores nos países da Europa Ocidental têm, em média, direito, por
lei, ao mais elevado número de dias de férias pagas.
Neste capítulo, o Reino Unido e a Polónia
são os mais generosos, com os seus trabalhadores a terem, por ano, um
mínimo de 28 e 26 dias de férias, respectivamente.
Portugal figura também no topo desta
classificação, dado que de acordo com a Lei Laboral os trabalhadores
portugueses têm direito a um mínimo de 22 dias de férias pagas. Além
disso, se a esses dias se juntar mais 13 dias de feriados, em média, por
ano, os trabalhadores portugueses têm 35 dias de descanso.
Isto significa que, de acordo com os dados
compilados pela Mercer, Portugal é o sexto país mais generoso da zona euro
e o oitavo da Europa Ocidental.
No espaço da moeda única, Portugal é
apenas superado, em termos de total de dias úteis de descanso, pela
Áustria, Malta, Grécia, Espanha e França. No canto oposto estão os
trabalhadores filipinos e tailandeses que, por lei, têm apenas direito a
cinco e seis dias de férias, respectivamente.
Em pior situação estão também as pessoas
que trabalham a América do Norte: se no Canadá, entre dias de férias pagas
e feriados, os trabalhadores têm apenas 19 dias de descanso por ano, nos
EUA a Lei não obriga ao pagamento dos dias de férias. Contudo, a Mercer
refere que "embora as políticas de férias variem muito, muitas empresas
oferecem três semanas de férias após cinco a dez anos de
serviço."
Para Tiago Borges, responsável pelo
departamento de estudos da Mercer, "com aumentos salariais congelados e
muitas vezes abaixo da taxa de inflação, as empresas procuram outras
formas de motivar os seus trabalhadores. Flexibilidade no trabalho e um
bom equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal ajudam a
aumentar o empenho do colaborador quando os instrumentos financeiros
habituais não estão disponíveis".
Ao nível do número de feriados a Mercer
destaca a Colômbia como sendo o país com maior número de feriados (18) e o
México com o menor (sete).
Diário Económico, 13 de Dezembro de
2011
E veja os relatórios do Eurostat desta
semana:
http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page/portal/product_results/search_results?mo=containsall&ms=productivity&saa=&p_action=SUBMIT&l=us&co=equal&ci=,&po=equal&pi=,&gisco=exclude
Cumprimentos,
Ana Catarina
Citando Ana Mesquita <isis.ankh@gmail.com>:
«Portugal é o país europeu onde se trabalha mais horas, com e sem
vencimento, por dia. Em média, os portugueses trabalham no total
cerca de 8 horas e 47 minutos todos os dias, ocupando o terceiro lugar
no ?ranking' dos países da OCDE. Para além disso, ainda a nível europeu,
os portugueses são os que mais horas diárias trabalham sem
vencimento, com cerca de 3 horas e 53 minutos. Um volume de trabalho
que representa 53% do PIB nacional e que nos classifica em quarto
lugar da tabela da OCDE. São estas algumas das principais conclusões do
último estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico
(OCDE), o ?Society at a Glance'.»
In Económico, 13/04/11
«Numa análise aos dados
comparativos, as estatísticas da OCDE e do Eurostat mostram uma
realidade bem diferente daquela que Merkel sublinhou. A média da
idade de reforma em Portugal é superior à da Alemanha [...] As
mesmas estatísticas indicam ainda que são os alemães que têm mais
dias de férias por ano: o mínimo legal é de 20 dias úteis, mas a
grande parte dos contratos é regulada por acordos colectivos que prevêem
entre 25 e 30 dias de férias, chegando mesmo a ultrapassar este
marco.»
In Económico, 19/05/11
Com pontes
incluídas, somos os que mais trabalhamos em média e temos mais horas
sem remuneração. Esse argumento cai por terra. Na actual conjuntura
económica, perderemos muito mais com opções políticas que apenas apontam
para medidas de contracção da economia, ignorando qualquer medida de
crescimento, do que com qualquer greve que se realize. A receita foi
aplicada na Grécia e teve os resultados que teve. Se queremos ir pelo
mesmo caminho, vamos bem. Se não queremos, há que o demonstrar de algum
modo.
As horas que trabalhamos a mais sem receber cobrem
quaisquer "prejuízos" de qualquer greve. Ou mesmo de
várias.
Cumprimentos,
No dia 22 de Março de 2012 20:18, <aanacatarinaa@sapo.pt> escreveu:
Cara Ana Mesquita,
Em termos de dias de férias Portugal
tem 22 dias por ano, bem menos tem a Noruega (21), Itália (20), a
Bélgica (20), a Alemanha (20), o Chipre (20), a Holanda (20) e a Suíça
(20 ? curioso que 65, 5 % dos suíços rejeitou o aumento do número de
férias no referendo realizado neste mês).
Ver relatório da Mercer : http://www.mercer.com/press-releases/1439520
Quanto a feriados, tirando 4 ficamos
com 9 dias, ou seja, o mesmo que a Alemanha, Espanha e Bélgica. Já o
Reino Unido tem 8 dias. Mas o problema de Portugal não são os
feriados, são sim as pontes que se fazem, levando a uma enorme perda
de dinheiro (cerca de 629 milhões de euros por ano.)
Por outro lado, na atual conjuntura
económica perdemos mais com esta greve do que aquilo que ganhamos, ou
seja, nada.
Não me alongarei mais.
Cumprimentos,
Ana Catarina
Citando Ana Mesquita <isis.ankh@gmail.com>:
Cara Ana Catarina,
Nem eu disse que essa competência era
das centrais. Mas se os trabalhadores e as suas organizações
sindicais tivessem ficado caladas, sem dúvidas que essa medida teria
sido implementada. Quanto à instituição de novas regras, acho
extraordinário que se ignore que também elas estavam previstas... no
trabalho, mas também na saúde, educação, habitação, etc.
Mas
podemos sempre recorrer à história para nos lembrar como os
trabalhadores foram conquistando direitos ao longo dos séculos.
Aliás, a mais antiga greve registada, ocorrida no Egipto, comprova
precisamente que os trabalhadores têm algo a ganhar com este tipo de
medida - ou, pelo menos, a não perder, defendendo os seus
direitos.
Curiosamente, todas essas medidas de cortes que
referiste ainda dão mais força à necessidade de se dizer não a esta
política em curso. A greve é uma das formas, não a única, mas é uma
forma válida. Ainda a 11 de Fevereiro, os trabalhadores de
Arqueologia estiveram na rua em manifestação. Estão, neste momento,
a tentar construir o seu Sindicato para melhor defenderem os seus
direitos.
Não me alongarei
mais.
Cumprimentos,
Ana Mesquita
No dia 21 de Março de 2012 22:12, <aanacatarinaa@sapo.pt> escreveu:
Discordo da tua observação.
Aliás, a resolução do aumento da jornada de trabalho diária em
meia hora era matéria da competência exclusiva da
Assembleia da República e não das estruturas sindicais. Em
contrapartida foram instituídas novas regras
laborais, como a redução do número de férias, a eliminação
de quatro feriados e a redução do valor pago aos trabalhadores nos
feriados e nas horas extraordinárias.
Ana
Catarina
Citando Ana Mesquita <isis.ankh@gmail.com>:
Cara Ana Catarina,
Discordo em absoluto dessa
afirmação. Aliás, lembremos a Greve Geral anterior, quando a
proposta do Governo em aumentar a jornada de trabalho diária em
meia hora acabou por cair em virtude - não duvidemos - da força
da contestação que se gerou.
Neste momento já há gente
com fome e sem dinheiro para ir a tratamentos de saúde - mesmo
oncológicos (!) - não me parece que seja isso que assuste quem
comanda as opções políticas
actuais...
Cumprimentos,
Ana Mesquita
No dia 21 de Março de 2012 21:06, <aanacatarinaa@sapo.pt> escreveu:
A greve geral não vai
mudar nada!
Se quiserem ter um impacto maior façam
greve geral de fome durante 7 dias.
Com isto chama-se
mais a atenção da sociedade civil, para as nossas
reivindicações.
Ana
Catarina
Citando Manuel Castro
Nunes <arteminvenite@gmail.com>:
Claro que os arquólogos não vão todos aderir à Greve
Geral.
A arqueologia, como profissão, é uma estrutura vertical
estratificada. Reúne arqueólogos patrões e assalariados. Não
é de esperar que os patrões façam greve.
A Greve Geral de amanhã foi convocada por uma central
sindical. Certo. Mas não passa a ser propriedade sua, nem
pode por isso excluir ninguém.
Eu não sou um profissional da arqueologia. Nem sou
filiado na CGTP, nem no PCP.
Mas vou estar na rua com os grevistas e outros que lá
se ajuntarem.
Não vou estar apenas a reivindicar melhores condições
de trabalho para os profissionais arqueólogos. Vou estar
como indignado e revoltado contra a obscenidade em que se
transformou a minha pátria.
Eu tenho sessenta e um anos. Não sei ainda quem
convocou o movimento de Maio de 1968. Mas eu estava
lá.
Por isso, pouco me interessa quem convocou a Greve
Geral.
Em aditamento ao comentário histórico de Rui Costa
Pinto, uma observação: Há um ano atrás, muitos dos que agora
se opõem à greve, pretendiam juntar um milhão na Avenida da
Liberdade. O que mudou? Apenas a cor do dinheiro.
Abraço! E em frente, Companheiros.
-- Manuel de Castro
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