Re: [Archport] DRAGAGENS AVEIRO
Relembro que, para efeitos de comparação, existe uma tabela do IGESPAR relativa à prestação de serviços de arqueologia subaquática.
Na minha opinião, quaisquer técnicos que prestem o mesmo tipo de serviço não deveriam, obviamente, trabalhar por menos do que está tabelado no Despacho n.º 20571/2009, DR, 2.ª série, n.º 177 , de 11 de Setembro de 2009:
Prestação de serviços na área da arqueologia náutica e subaquática.
1) Prospecção arqueológica:
a) Em meio húmido sem utilização de escafandro — € 900 diários (equipa). A equipa é constituída por três elementos — um arqueólogo e dois técnicos auxiliares, considerando -se oito horas de trabalho/dia.
b) Subaquática: custo mínimo de € 1300 diários (equipa). A equipa é constituída por três elementos com formação específica — um arqueólogo e dois técnicos auxiliares, considerando -se oito horas de trabalho/dia.
2) Sondagem ou escavação arqueológica:
a) Em meio húmido sem utilização de escafandro — custo mínimo de € 1200 diários (equipa). A equipa é constituída por cinco elementos, um arqueólogo e quatro técnicos auxiliares, considerando -se oito horas de trabalho/dia.
b) Subaquática — custo mínimo de € 1800 diários (equipa). A equipa é constituída por três elementos com formação específica, um arqueólogo e dois técnicos auxiliares, considerando -se oito horas
de trabalho/dia.
3) Serviços de acompanhamento arqueológico
Por cada hora de afectação de meios humanos — € 20.
From: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] On Behalf Of Diogo Pinto
Sent: 28 May 2012 14:33
To: archport@ci.uc.pt
Subject: [Archport] DRAGAGENS AVEIRO
A propósito das dragagens de Aveiro, é no mínimo humilhante para todos os profissionais que todos os dias lutam por condições dignas e justas de trabalho o que se está a passar.
Uma empresa da área de ambiente, bem conhecida na nossa praça pelos piores motivos ao nível de condições salariais e laborais a operar na área da Arqueologia, ganhou o concurso de dragagens em Aveiro por um valor abaixo de miserável, estando a oferecer uma valor ainda mais miserável, a arqueólogos com especialidade em subaquática (se os conseguir arranjar), para trabalhar durante 17 a 20 dias consecutivos, 24h por dia, note-se, sem direito a fim-de-semana, uma vez que não há paragens, pasmem-se … com uma equipa de 2 pessoas, com turnos de 12h. TENHAM VERGONHA NA CARA MEUS SENHORES, a época da escravatura já lá vai.
Ainda menos é perceptível a forma como as autorizações para trabalhos arqueológicos são cedidas pelo MC neste país. O responsável da área de arqueologia da dita empresa, envia o PATA no seu nome (mais um), sem equipa técnica afecta, com total ausência de metodologia adequada, sendo que é difícil para uma pessoa que nem sequer sabe o que é um BARCO DE PAPEL saber o que implica a gestão e execução de um processo de dragagem, muito menos em AVEIRO.
Pergunto eu, O SINDICATO ANDA POR AI? Talvez não, mas a decadência salarial e científica com toda a certeza que sim …
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