|
AS
EMPRESAS MOSTRAM O CAMINHO DE UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ATRAVÉS DA
GESTÃO INTEGRADA DO TERRITÓRIO
Teve lugar, no Brasil,
no dia 13 de Junho de 2012 a mesa redonda da Rio+20 sobre “Gestão
Integrada do Território para o Desenvolvimento Sustentável” (GIT).
Durante cinco horas,
com a Presidência de António Anastasia (Governador de Minas Gerais) e a
moderação de Sérgio Besserman, falaram os organizadores do evento (Inguelore
Scheunemann e Luiz Oosterbeek), o Presidente eleito do Conselho Internacional
de Ciência da Unesco (Gordon McBean), o coordenador do Ano Internacional do
Planeta Terra (Ed de Mulder), e o pioneiro da prática e teoria do
desenvolvimento sustentável, o Engenheiro e ex-Ministro Eliezer Batista. Este
explicou como foram os passos, desde a década de 1960 até à cimeira de 1992
no Rio de Janeiro, e porque o modelo de Gestão Integrada do Território é um
novo paradigma, que supera a ideia inicial da sustentabilidade, ao colocar a
cultura no centro.
Diversos especialistas
de todos os continentes comentaram as propostas, com pontos de vista das
Américas, África, Europa e China. O Presidente do Conselho Internacional de
Filosofia e Ciências Humanas (Adama Samassekou) endossou o modelo proposto, e
sugeriu que as empresas apoiassem a realização de uma conferência mundial de
refundação das ciências humanas para o século XXI, em estreita ligação com as
ciências exactas e naturais.
As empresas, no âmbito
da Rio+20, realizam o mais importante evento, e para surpresa de muitos
colocaram as culturas e a diversidade humana como centro do seu gigantesco
programa, centrado no Forte de Copacabana, e que recebeu o nome de
“Humanidade 2012”.
“Perante a
economia global, não bastam soluções entre as nações, serão precisas acções
globais, e algumas empresas são, por agora, as únicas entidades
verdadeiramente globais. Por isso elas podem e devem liderar um processo novo,
mais solidário, eco-sustentável, e mais inteligente” defendeu Luiz
Oosterbeek, que também mostrou resultados concretos de aplicação do novo
método, inicialmente estruturado em Mação e hoje aplicado em larga escala em
diversos países.
A necessidade de investir
mais em ciência (Ed de Mulder), de promover uma campanha mundial para o
entendimento global (Gordon McBean) ou de estreitar a colaboração entre o que
se faz a ocidente e a China (Wei Dan), foram outros temas focados. Especial
atenção mereceu a apresentação do novo modelo de certificação de qualidade
dos territórios, apresentado por Inguelore Scheunemann, que permite
quantificar as diversas dimensões da gestão integrada do território.
No final da sessão, o
Presidente do Conselho do IBIO e primeiro presidente do World Business
Council for Sustainable Devellopment (Erling Lorentzen), explicou em detalhe
como surgiu a ideia da Eco-92 e resumiu numa palavra a sua apreciação:
“Gostei”.
O Presidente da
Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade, apresentou um livro
coordenado por I. Scheunemann e L. Oosterbeek sobre este tema, e destacou o
apoio da CNI à GIT, traduzido na investigação e estruturação do programa
estratégico logístico “Brasil Sustentável”.
No encerramento, o
anfitrião e empreendedor Eike Batista manifestou o seu apoio e empenho na
defesa deste novo paradigma: “Vamos ter menos lucros, talvez, mas vamos
ter um planeta melhor. As empresas podem fazer o que os governos não
conseguem, porque elas pensam de forma holística com décadas de avanço”,
disse.
No dia 14 de Junho as
conclusões da Mesa-Redonda foram oficialmente apresentadas numa
sessão da CNI, na qual esteve presente a Presidente Dilma Rousseff, e serão
encaminhadas para a equipa que coordena as conclusões da Cimeira
Inter-Governamental. Mas para além de qualquer decisão política, grandes
empresas do Brasil, da Alemanha, dos EUA e da Ásia já decidiram seguir por
este novo caminho, e isso é uma boa notícia para o planeta.
Esta importante
iniciativa foi realizada pelo do Instituto BioAtlântica, com a colaboração do
Instituto Terra e Memória (Mação) e do Instituto Politécnico de Tomar, com o
apoio do Grupo EBX do empresário Eike Batista e da Confederação Nacional das
Indústrias do Brasil.
|
|
|