Entre 19 e 22 de Julho, o centro da cidade vai ser transformado num castro da Idade do Ferro, numa iniciativa que pretende divulgar o povo que habitou Braga há três mil anos: os brácaros. O desafio partiu da Associação dos Artesãos do Minho e foi de imediato acolhido pela organização da Braga 2012: Capital Europeia da Juventude. Associam-se ainda ao evento a JovemCoop —Jovem Cooperante Natureza / Cultura, a Junta de Freguesia de Maximinos e o Museu D. Diogo de Sousa. O evento vai decorrer no Largo de São Francisco, Rua do Castelo, Rua de Janes e Largo de São João do Souto.
Além do povoado castrejo, delimitado por uma muralha com dois pórticos de entrada, o evento ‘Povoado dos Brácaros’ contará ainda com um mercado alusivo à época, uma praça da alimentação, muita música celta a animar as ruas e recriação de alguns rituais daquela época, concretamente um casamento e um funeral. A organização aposta ainda na vertente lúdico-pedagógica, com ateliers alusivos ao tema em que já estão inscritas cerca de 400 crianças que frequentam ATL’s no concelho. Destaque ainda para uma conferência sobre a cultura castreja, pelo arqueólogo Gonçalo Cruz, responsável pela Citânia de Briteiros.
Projectar a cidade mais antiga
Na apresentação do evento ‘Povoado dos Brácaros’ ontem à comunicação social, o vereador Hugo Pires realçou que um dos objectivos da CEJ passa por mostrar as nossas raízes, costumes e história.
“O que aqui se pretende é isso: mostrar aos br acarenses o povo que habitou esta região antes dos romanos”, realçou, enfatizando a aposta em projectar a marca Braga como a cidade mais antiga de Portugal”.
O presidente da JovemCoop, realçou que a associação se associa à iniciativa pela sua componente histórica. Ricardo Silva sublinhou que “Braga tem muito mais para desvendar sobre a sua história”. Neste caso, o evento mostra Braga na Idade do Ferro e Ricardo Silva destaca que nas elevações em volta da cidade de Braga a cultura castreja é muito expressiva.
Deste evento, o líder da JovemCoop espera que saia a ambição de mostrar “outras Braga’s para além da romana”, porque também existe a barroca, a medieval e muitas mais.
“Braga é poli cronológica. A JovemCoop defende que a sua história deve ser contada como um todo e não apenas dando destaque a um período”, argumentou.
Já Perpétua Ferreira, técnica do serviço educativo do Museu D. Diogo de Sousa, explicou que os ateliês para crianças vão decorrer nos dias 19 e 20, sublinhando a elevada adesão dos ATL ao evento. Realçou ainda que as crianças vão trabalhar sobretudo com materiais reciclados.
Luís Pedroso, em representação da Junta de Freguesia de Maximinos, elogiou a iniciativa da Associação dos Artesãos do Minho e a reafirmou a disponibilidade da autarquia local apoiar o evento naquilo que lhe for possível. O repto está lançado: durante quatro dias os bracarenses são convidados a recuar três mil anos e conhecer como era Braga na Idade do Ferro.
in Correio do Minho online
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