Quem estiver interessado neste assunto está agora a lista completa para consulta no sítio da Internet do Jornal Expresso : http://expresso.sapo.pt/centenas-de-imoveis-vao-ficar-por-classificar=f756672 Quem esteja atento ao que se passa no sector da Cultura não pode vir gritar agora que há fogo! Senão vejamos os últimos acontecimentos: · A nova Lei da Reabilitação Urbana (Diário da República, 1.ª série — N.º 157 — 14 de agosto de 2012) dá de barato todo o poder de licenciamento dentro das Áreas de Protecção e Zonas Especiais de Protecção dos Monumentos Classificados às Câmaras Municipais colocando em dúvida, a meu ver, a própria utilidade das classificações visto serem as Câmaras quem menos respeita estas áreas em prol do “enriquecimento urbano” – Alguém reparou? · O SEC avisou que queria sair – alguém comentou ou manifestou preocupação pelas sucessivas mudanças ou desistências? · Foram extintas diversas Fundações, quase todas da área da Cultura (Côa incluído) enquanto que outras, que ninguém sabe o que fazem “andem aí”– o SEC pronunciou-se sobre o assunto? · O Jornal Público continua a referir-se a uma Secretaria de Estado que não existe e a um IGESPAR extinto desde Maio – alguém o corrigiu? Com tudo isto e muito mais é preciso actuar em vez de gritar quando a realidade aperta. Que se manifeste oposição em tempo útil em vez de chorar sobre leite derramado. Não vale de nada andarmos a discutir pormenores, mantendo desuniões e ofensas pessoais. Sempre existiram formas de participação popular, sempre houve modos de evitar a afirmação da ignorância ! Se não queremos que todos estes monumentos deixem de ter protecção legal e no dia seguinte estejam cheios de projectos de “interesse eculógico e coltural” é preciso fazer chegar as nossas preocupações a quem de direito – todos os contributos não são demais. O nosso profundo mal está na nossa profunda indifferença. Aos que ignoram os perigos d'esta enfermidade social lembraremos que quando Napoleão desembarcou no golpho Juan não foi a força dos que o defendiam que o reconduziu ao throno, foi a inercia dos que o não atacaram. Ramalho Ortigão - Eça de Queiroz AS FARPAS |
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