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[Archport] Centenas de imóveis por classificar e o que verdadeiramente importa

To :   ARCHPORT <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Centenas de imóveis por classificar e o que verdadeiramente importa
From :   Maria Moreira Baptista de Magalhães Ramalho <mariabaptistaramalho@hotmail.com>
Date :   Wed, 3 Oct 2012 11:50:08 +0000

 
Quem estiver interessado neste assunto está agora a lista completa para consulta no sítio da Internet do Jornal Expresso :

http://expresso.sapo.pt/centenas-de-imoveis-vao-ficar-por-classificar=f756672

 

Quem esteja atento ao que se passa no sector da Cultura não pode vir gritar agora que há fogo! Senão vejamos os últimos acontecimentos:

 

·         A nova Lei da Reabilitação Urbana (Diário da República, 1.ª série — N.º 157 — 14 de agosto de 2012) dá de barato todo o poder de licenciamento dentro das Áreas de Protecção e Zonas Especiais de Protecção dos Monumentos Classificados às Câmaras Municipais colocando em dúvida, a meu ver, a própria utilidade das classificações visto serem as Câmaras quem menos respeita estas áreas em prol do “enriquecimento urbano” – Alguém reparou?

 

·         O SEC avisou que queria sair – alguém comentou ou manifestou preocupação pelas sucessivas mudanças ou desistências?

 

·         Foram extintas diversas Fundações, quase todas da área da Cultura (Côa incluído) enquanto que outras, que ninguém sabe o que fazem “andem aí”– o SEC pronunciou-se sobre o assunto?

 

·         O Jornal Público continua a referir-se a uma Secretaria de Estado que não existe e a um IGESPAR extinto desde Maio – alguém o corrigiu?

 

Com tudo isto e muito mais é preciso actuar em vez de gritar quando a realidade aperta. Que se manifeste oposição em tempo útil em vez de chorar sobre leite derramado. Não vale de nada andarmos a discutir pormenores, mantendo desuniões e ofensas pessoais. Sempre existiram formas de participação popular, sempre houve modos de evitar a afirmação da ignorância !

 

Se não queremos que todos estes monumentos deixem de ter protecção legal e no dia seguinte estejam cheios de projectos de “interesse eculógico e coltural” é preciso fazer chegar as nossas preocupações a quem de direito – todos os contributos não são demais.

 

O nosso profundo mal está na nossa profunda indifferença. Aos que ignoram os perigos d'esta enfermidade social lembraremos que quando Napoleão desembarcou no golpho Juan não foi a força dos que o defendiam que o reconduziu ao throno, foi a inercia dos que o não atacaram.

 

Ramalho Ortigão - Eça de Queiroz

AS FARPAS

 

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