Em outubro de 2005 centenas de candidatos á emigração atacaram as barreiras de Ceuta e Melilla, os enclaves europeus no Norte de África. A polícia espanhola e marroquina reagiu. Violentamente. Vários mortos, dezenas de feridos. Muitos “clandestinos” abandonados no deserto do Sahara. Centenas de outros “repatriados” para Bamako, capital do Mali, independentemente das suas nacionalidades. Completamente desamparados e sem ajuda do Estado maliano, totalmente impotente. Uma mulher estava no aeroporto de Sénou/Bamako à espera destes derrotados, desnorteados filhos de África, Aminata Dramane Traoré. Muitos vieram para o CAHBA (Centre Amadou Hampaté Bâ), que esta dirige. E um profundo trabalho de reflexão, inserção e reconstrução começou. Reflexão: Porque partem? Que fazer para que fiquem, mas tenham o direito de viajar como qualquer europeu, americano, australiano ou japonês? Inserção: Na vida activa através da aprendizagem de mesteres tradicionais: tecelagem, forja, pavimentação de ruas, arquitectura ecológica… Forma eficaz de inserção no tecido social, na vida da comunidade. Reconstrução: A arte, nas suas várias formas, como meio e forma de reconstruir personalidades fortemente abaladas por tão tremenda aventura. Dar voz a quem não a tem! Que os sujeitos desta travessia do deserto, que dura longos e penosos anos, no-la contem. Com os quadros desta exposição, o vídeo de Taama, (A Viagem) ou a conversa com Clariste Soh Moube é esta experiência que queremos partilhar e debater convosco. Aw bismillahy! Sejam bem-vindos! A exposição estará patente de 13 a 28 de Outubro. Encerra às segundas-feiras. |
Mensagem anterior por data: [Archport] WORKSHOP DE DESENHO ARQUEOLÓGICO | Próxima mensagem por data: [Archport] Encontro Internacional Iluminação em Monumentos e Zonas Históricas |
Mensagem anterior por assunto: [Archport] convite para a inauguração da exposição "Um Olhar Pela Pré-História do Espichel" | Próxima mensagem por assunto: [Archport] Convite para apresentação da moeda «Sítio Arqueológico Vale do Côa» |