Secção de História da Associação dos Arqueólogos Portugueses
COLÓQUIO
CONTEXTOS ESTRATIGRÁFICOS ROMANOS NA LUSITANIA
(DA REPÚBLICA À ANTIGUIDADE TARDIA)
LISBOA, 24 DE NOVEMBRO DE 2012
Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa
Entrada livre
Localização
Largo Academia Nacional de Belas Artes 1249-058 Lisboa.
Acessos: Metro (Baixa-Chiado: saída Largo do Chiado). Carro eléctrico (carreira nº 28). Estacionamento para viaturas (parque do Largo do Camões).
Objectivos
Embora apoiada em contextos estratigráficos, a investigação ceramológica que atravessou quase todo o século XX foi, como sabemos, eminentemente de índole morfológica e deu origem a uma série de tipologias que ainda hoje norteiam os nossos trabalhos. Nas últimas décadas os esforços têm tido em linha de conta uma crescente problematização de contextos, com a percepção de que o monolitismo das grandes tipologias distorce muitas vezes as nuances temporais e geográficas da difusão comercial, bem como as diferenças entre as cronologias dos centros de consumos e as dos centros de produção. Apesar de na última década a investigação europeia ter
lançado vários trabalhos conjuntos de problematização estratigráfica (veja-se por exemplo o recente M. Cau Ontiveros, P. Reynolds e M. Bonifay, eds., 2011, Late Roman Pottery: solving problems of typology and chronology. European Science Foundation. BAR; IS.), a investigação portuguesa tem talvez ficado um pouco à margem desta tendência.
O intuito deste colóquio é exactamente o de estimular a apresentação e o debate de realidades estratigráficas relevantes para as cronologias tipológicas e comerciais no espaço lusitano e poderá ser uma salutar discussão para estudos em progresso, já finalizados, ou mesmo já publicados anteriormente.
Programa
09h30
Abertura. Explanação dos objectivos do colóquio
1ª sessão: Da República ao Alto Império. Mesa presidida por Catarina Viegas
09h40
João Pimenta
Os contextos da conquista. Tentativa de síntese das recentes investigações no Baixo-Tejo
10h00
Rui Mataloto; Joey Williams
Aproximação cronológica ao fortim do Caladinho (Redondo): questões estratigráficas e tipológicas
10h20
Patrícia Bargão
Ânforas itálicas nos contextos republicanos da Alcáçova de Santarém
10h40
Catarina Viegas
Ponto da situação acerca dos dados contextuais identificados em Baesuri, Balsa e Ossonoba
11h00
Rodrigo Banha da Silva
Um contexto alto-imperial da Rua dos Remédios, Lisboa
11h20-11h40
Pausa
11h40
Macarena Bustamante
Contextos altoimperiales de una capital: el caso de Augusta Emerita
12h00
José Carlos Quaresma
Contextos alto-imperiais de Chãos Salgados (Mirobriga) e Ammaia: dois casos, no litoral e no interior do Sul da Lusitania
12h20
Vítor Dias
Cerâmica comum de Ammaia: exemplos de diferentes contextos estratigráficos (termas e estacionamento)
12h40
Debate
13h00-15h00
Almoço
2ª sessão: Do Alto Império à Antiguidade Tardia. Mesa presidida por Carlos Fabião
15h00
Vitor Pereira; Alcina Cameijo; António Carlos Marques
Contextos e materiais arqueológicos do sítio romano da Póvoa do Mileu (Guarda)
15h20
Guilherme Cardoso; Severino Rodrigues; Eurico Sepúlveda; Inês Alves Ribeiro
A figlina do Morraçal da Ajuda, Peniche – a última fase
15h40
Inês Vaz Pinto; Ana Patrícia Magalhães; Patrícia Brum
Contextos arqueológicos de Tróia (2007-2012)
16h00
Cézer Santos; Jorge Raposo; José Carlos Quaresma
Análise crono-estratigráfica da olaria romana da Quinta do Rouxinol (Seixal)
16h20
António Manuel S. P. Silva / Pedro Pereira / Equipa do projecto CASTR’UÍMA
O castelo de Crestuma (Vila Nova de Gaia), um cais de redistribuição de produtos mediterrânicos no extremo nordeste da Lusitânia? Propostas e reflexões sobre um contexto tardo-antigo.
16h40-17h00
Debate
Encerramento