Las Antigüedades de las Ciudades de España,
de Ambrósio de Morales Las Antigüedades de las Ciudades de España,
de Ambrósio de Morales, seguramente um dos manuscritos amiúde citados por quem
se dedica à História Antiga da Hispânia, está agora disponível, numa edição
crítica - acabada de imprimir a 6 de Novembro de 2012 - levada a efeito por
Juan Manuel Abascal, sob o alto patrocínio da Real Academia de la Historia, no
quadro de um projecto de investigação financiado pelo Governo espanhol com esse
objectivo expresso. São
dois volumes (ISBN: 978-84-15069-46-1). Contém o 1º o texto (p. 39-255),
devidamente comentado e pleno de achegas para que melhor se compreenda o que
foi escrito e o estádio em que, a esse propósito, se situa a investigação
hodierna (as p. Foi Ambrósio de Morales cronista-mor do Reino, nomeado por
Filipe II em 1563. Claro que, em pleno período atento às antiguidades
clássicas, sua preocupação foi traçar um quadro dos vestígios antigos então
conhecidos em cada cidade importante e, nesse aspecto, para além dos aspectos
arqueológicos, foram as epígrafes as «antiguidades» que mais atenção lhe despertaram.
Por isso, é de valia este repositório; e daí se compreende que haja sido
entregue o estudo a um epigrafista de renome, que soube enquadrar no espaço e
no tempo as informações aqui compiladas. Aliás, diga-se desde já, a cuidadosa elaboração
dos índices temáticos (onomástico, toponímico, de divindades, de fontes antigas)
assim como dos imprescindíveis quadros em que se dá a correspondência entre os
monumentos epigráficos citados e os números que eles hoje detêm nos corpora publicados (AE, CIL, EE, HAE, HEp,
ILER, ILS) constituem doravante valioso instrumento de trabalho, dado que, como
é previsível, estes livros não são preferentemente para ler mas sim para
demoradamente consultar. E não será, decerto, apenas o conteúdo em si - como
fundamento de melhor e mais rigorosa informação histórica - que nos vai
despertar a atenção: é também o manuscrito em si, cheio de rasuras, emendas,
acrescentos, comentários posteriores, como se se tratasse de um caderno de apontamentos,
onde igualmente se retrata o autor, o seu modo de trabalhar, os seus avanços e
recuos, os conhecimentos de então. Rigoroso trabalho paleográfico, para nos facultar o texto em
si, acompanhado, porém, de frequentes notas de esclarecimento, num total (imagine-se!)
de 3774 em 243 páginas! É obra!... Está, pois, de parabéns a Academia por, mais uma vez, ter
sabido acolher este projecto e por lhe ser possível dar continuidade ao
empreendimento de dar a conhecer os manuscritos do seu acervo: este é o 6º
volume da série. E cumpre-nos agradecer a Juan Manuel Abascal a paciência e o
grande saber com que a ele se tem dedicado. José d’Encarnação |
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