Em Portugal vários autarcas visitam escavações arqueológicas que decorrem no seu concelho. Infelizmente, em grande parte dos casos, não tanto por interesse no património local, mas para averiguar eventuais atrasos em obras públicas atribuídas às mesmas. O problema não está nos autarcas, eles sabem, ou pelo menos deveriam saber, sobre a existência e respectiva importância destas escavações. O que se deve questionar é porque motivo as populações locais desconhecem o seu património e não visitam estes locais. Talvez o problema esteja na forma como a comunidade arqueológica ainda encara o trabalho de divulgação dos resultados. Visitas guiadas a escavações arqueológicas são habituais em países como o Reino Unido, mostrando que certas questões logísticas, geralmente alegadas (ex. segurança, ritmo dos trabalhos), não são factores de impedimento quando devidamente enquadradas e planeadas. Porém, falta igualmente fomentar junto das comunidades o desejo de visita a estes e outros locais. Neste campo suponho que ainda muito falta fazer. É provável que a ausência de programas televisivos dedicados à divulgação da arqueologia nacional seja uma enorme falha, muito embora nunca seja tarde para a colmatar. O principal retorno deste tipo de trabalho será uma sociedade mais informada, que ao compreender o contributo social e científico dos arqueólogos passe a reconhecer, valorizar e proteger de forma cada vez mais eficaz a sua herança material comum. --- Em ter, 12/2/13, Carlos Jorge Gonçalves Soares Fabiao <cfabiao@fl.ul.pt> escreveu:
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