[Archport] EXPOSIÇÃO FACULDADE DE LETRAS DE LISBOA UNIARQ
Ora bem, ele há dias!!
Da primeira emissão de este singelo aviso para o archport, foi eliminado o .jpeg que vinha no texto. A segunda nem sequer passou. Assim, ponho tudo por escrito, que é o que fazem os meninos bem comportados.
Na próxima 5ª feira, 28 de Fevereiro, pelas 18:00 h, abre no Corredor entre o Anfiteatro 1 e o Departamento de História, uma exposição fotográfica sobre uma quinta da Idade do Cobre no Vale do Sorraia. Parece que, em Portugal, povoados, ou "recintos", há muitos, quintas é que não. Já escavei algumas, no entanto: Santa Justa, Corte João Marques, Monte dos Albardeiros, Areias 15, e agora de novo o Cabeço do Pé da Erra, graças ao exemplar apoio da autarquia. Regressámos aos anos 80, quando o sítio começou a ser escavado, mas agora, naturalmente, com outros olhares.
A exposição é assim um bocadinho para o híbrido: tem textos muito, pouco ou nada subjectivos (conforme os casos), alguns de Arquivos extra-terrestres, outros do caderno de Campo, duas citações provocadoras de Woody Guthrie e de Ray Bradbury, uma de Dreyer, outra, à clé, de Iain Banks, fotografias de árvores mortas, e entre elas duas aparições de Afrodite ferida por Diomedes, paisagens com cores suaves, cegonhas simpáticas, estruturas de habitação, fotografias dos trabalhos de campo, a Ana Catarina Sousa de picareta na mão, enquanto os restantes assobiam para o lado, uma luso-sueca com uma conta de variscite, a mão da Ana Catarina Olaio empunhando um perigoso percutor, e este vosso servidor olhando pela objectiva da sua Nikon, para o mundo que o rodeava naqueles momentos. É a vida, como dizia o outro.
Há também fotos do restauro dos materiais, no MNA, restauro pago pela autarquia, o que permite seguir os artefactos do chão onde estavam até à sua forma mais composta e recuperada. Vemo-los a ser escavados, retirados, restaurados, desenhados e fotografados, esta última situação no humilde Laboratório da UNIARQ...
Claro que todos serão Bem vindos, tanto os que vierem por bem como os que assim não tanto. A exposição teve um orçamento baixíssimo, as legendas foram feitas artesanalmente, algumas imagens poderiam estar melhor impressas, mas fez-se o que se pôde.
Coruche em Lisboa? Claro. Bem vindos, outra vez.
Prof. Victor S. Gonçalves
Centro de Arqueologia - Faculdade de Letras
P-1600-214 Lisboa, Portugal
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