Caros colegas,
Várias das questões anteriormente colocadas são muito pertinentes (ex. confidencialidade contratual), e merecem seguramente debate mais profundo, mas suponho que a discussão se afastou do ponto essencial:
Será que uma publicação com os objectivos e estrutura da "Informação Arqueológica" faz sentido nos dias de hoje?
Não só acredito que sim, como sinto falta de um catálogo anual que faça uma síntese de todos os trabalhos arqueológicos realizados.
Segundo a minha óptica, esta revista era mais que um simples arrolamento de sítios escavados, com descrições simplificadas, à
semelhança das fichas do actual Endovélico.
Creio que um dos aspectos mais atractivos era o facto dos textos poderem ser apresentados numa
linguagem acessível a investigadores de outras áreas (ex. historiadores, antropólogos). Para além de sintetizar os resultados, estes textos permitiam contextualizar melhor os trabalhos, levantar questões ou esboçar futuras estratégias de investigação. Algo que ultrapassa a aludida ficha do Endovélico.
Em suma, a "Informação Arqueológica" podia ser utilizada como um passo intermédio entre a produção de um relatório e a produção de um relatório cientifico. Possibilitando até motivar colaborações frutuosas entre diferentes colegas.
Seguramente faltará actualmente algo do género, pois não é raro, perante a falta de uma resposta oficial, o facto de vários colegas apenas tomarem conhecimento de investigações e resultados que cientificamente lhe interessam, através de canais informais (ex. alguém que trabalhou numa escavação ou é amigo de outro investigador).
Quanto a questões relativas à forma e custos
de produção, assim como à redacção de textos síntese revejo-me totalmente nas opiniões do colega Marco António Andrade.
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Cara Jacinta
Diria que, tal como o António Valera, foi "right o the point". O que
diriamos então se, em vez de os técnicos do IGESPAR/DGPC de dedicarem à
compilação de dados para o Endovelico, os filtrassem para a composição dessas tais Informações Arqueológicas?
Que se exigisse aos arqueólogos já um texto sintético a incluir nestas
notícias, em vez de se andar a repuscar informações soltas em relatórios
(inclusive nos meus, diga-se em abono da verdade) para formular fichas
de sítio no Endovelico!
E, não sejamos inocentes, a maquetagem de um documento em formato
digital, nos tempos correntes, é uma coisa extremamente simples de se
fazer... E havendo técnicos, como os há, não seria necesário o dispêndio
com contratações externas.
Cordialmente
Marco António Andrade
Marco António Andrade
Ph.D Student
UNIARQ - Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa
Alameda da Universidade, 1600-214 Lisboa
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