«António
Rosa Mendes, de 59 anos, historiador e professor universitário que, em 2005,
foi presidente da Faro Capital Nacional da Cultura, faleceu esta terça-feira,
dia 4 de junho, no Hospital de Faro, onde se encontrava internado há algumas
semanas.» - assim começa a mensagem de Alexandra Ferreiro há pouco divulgada
por intermédio das três listas. Como nada foi aposto no «assunto», temo que a nota
necrológica passe despercebida - e para ela remeto, pois.
Rosa Mendes,
pela actividade desenvolvida - e ainda havia muito a esperar do seu talento -, merece
ser devidamente recordado a nível nacional.
Que descanse
em paz!
J.
d’E.
Post-scriptum:
Para o
caso de ter inadvertidamente apagado a mensagem de Alexandra Ferreiro sem a ler,
aqui a reproduzo:
"António
Rosa Mendes, de 59 anos, historiador e professor universitário que, em 2005,
foi presidente da Faro Capital Nacional da Cultura, faleceu esta terça-feira,
dia 4 de junho, no Hospital de Faro, onde se encontrava internado há algumas
semanas.
Nascido em Vila Nova de Cacela, em 1954, Rosa Mendes licenciou-se em Direito e
História e doutorou-se em História.
Era professor na Universidade do Algarve, onde coordenava o Centro de Estudos
de Património e História do Algarve e era diretor da Biblioteca Central. Foi
também um dos fundadores da editora algarvia Gente
Singular.
«Foi uma personalidade marcante da vida académica, cultural e política do
Algarve», considerou, em comunicado, o presidente da Câmara de Faro.
«Faro tem para com ele uma enorme gratidão. Foi ele que dirigiu o projeto da
Faro, Capital Nacional da Cultura 2005, dando a esta cidade uma política
cultural marcante nesse período», acrescentou Macário Correia.
Jorge Queiroz, que trabalhou com Rosa Mendes na Capital da Cultura, considerou,
na sua página de Facebook, que se trata de «uma perda enorme para a cultura
algarvia».
«Conheci o António Rosa Mendes em 2004, quando foi nomeado Presidente da
Estrutura de Missão Faro 2005- Capital Nacional da Cultura, onde eu era então
responsável pelo programa de artes visuais e exposições. Homem de princípios e
coragem cívica, possuía uma sólida cultura de historiador com obra reconhecida.
Um pedagogo e investigador universitário. Era um justo defensor da cultura
portuguesa e do Algarve. Ficámos para sempre amigos. Deixa-nos uma enorme
saudade e um vazio difícil de preencher. Espero que o Algarve lhe preste a
homenagem que merece», acrescenta Jorge Queiroz.
Em declarações ao Sul
Informação, Jorge Queiroz acrescentou que António
Rosa Mendes era «um dos maiores vultos atuais da cultura em Portugal, embora
não fosse suficientemente reconhecido por isso».
O funeral deverá ter lugar na quinta-feira, dia 6 de junho, em Vila Nova de
Cacela, de onde o professor universitário era natural.
Tive o prazer de ser aluna deste grande historiador e impulsionador da cultura
algarvia.
Descanse em Paz