Caros colegas
Uns dias depois de ter recebido esta mensagem e após também as grandes tribulações nacionais da passada semana, penso que é chegada a hora de perguntar:
O Novo Museu dos Coches "foi um erro",
E ENTÃO?
Senão vejamos:
1. As instalações da "arqueologia" na Av. da Índia foram abaixo;
2. O CIPA não tem laboratórios;
3. O CNANS está bem instalado, mas um local completamente inadequado e, principalmente a um custo exorbitante;
4. Custo esse que o promotor do projecto "novo museu dos coches" não assegura;
5. A Marinha não entregou a Cordoaria à Cultura;
6. Logo, ninguém promoveu qualquer iniciativa consistente com vista à instalação nesse local da "arqueologia";
7. Incluindo Museu Nacional de Arqueologia, que, ao que parece, não se mexe dos Jerónimos (não podia ser tudo mau...);
8. A avultada verba da contrapartida do jogo do Casino de Lisboa, que reverte para a Cultura foi enterrada neste projecto. Entretanto, toda a "Cultura" continua à míngua;
9. Principalmente os museus do estado central, ou até, se quisermos apenas, os Museus Nacionais; cuja situação só faz é degradar-se;
10. E ficará pior, pois quando o esquálido orçamento dedicado aos Museu tiver de "sustentar" este "erro", pior ficará de certo.
Portanto foi um erro! Que tal chamar os responsáveis "à pedra"? Começando pelos Ministros que sustentaram a decisão e os responsáveis da área dos Museus (na altura IMC) e património (IPPAR, IPA, IGESPAR) que a promoveram entusiástica a acriticamente.
Porque as consequências são graves e o interesse público foi lesado!
Uma coisa é certa, a
Torre Oca, nos Jerónimos, essa está
fechada e bem guardada pela Marinha!
HÁ TRÊS (3) ANOS!
Nada mais se cumpriu dos acordos feitos, mas o MNA, os seus visitantes, utentes e o público em geral, deixaram de poder usufruir deste espaço que estará, eventualmente outra vez, a servir de arrumo, ao Museu de Marinha! É extraordinário!
Se fosse possível neste país fazê-lo, eu clamaria: é um escândalo.
Assim sendo, fica este desabafo: como é que uma história com tanto prejuízo, acaba assim numa nota da Lusa... foi um erro...
Cordialmente
Jacinta Bugalhão