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Re: [Archport] La fin d'une énigme de 30 000 ans ?

To :   Archport <archport@ci.uc.pt>
Subject :   Re: [Archport] La fin d'une énigme de 30 000 ans ?
From :   Luis Luis <lsimoesl@hotmail.com>
Date :   Tue, 27 Aug 2013 11:34:31 +0000

Pode até não parecer, mas, como dizia o outro, isto anda tudo ligado.

No momento em que se anuncia a descoberta dos aborígenes africanos picarotos e seus zigurates, sai este livro em França, numa editora respeitável, cuja tese afirma que os paleolíticos pintavam as suas representações em gruta a partir da projeção nas paredes de pequenas figuras de arte móvel.
 

O texto desta pequena mensagem é aliás uma perfeita ilustração do conteúdo do livro: fala-nos de uma hipótese cheia de “bom senso” que abana o “pequeno mundo dos pré-historiadores”. Isto é, nada de provas para contradizer os malandros dos especialistas, sentados nas suas cátedras. O livro vai ser seguramente um sucesso editorial.

O facto desta teoria se basear no paradigma da arte paleolítica subterrânea, quase vinte anos depois da descoberta da arte do Côa e de tudo o que se lhe seguiu, de não apresentar qualquer prova do que afirma, nem justificar porque é que tal esforço seria necessário, pouco importa. Como diz o vídeo: "Il est donc possible!" Mas será verosímil? Conseguir-se-á provar? Não interessa.


E isto leva-nos à reflexão. Será que o que temos a dizer enquanto arqueólogos, pré-historiadores ou cientistas, interessa aos nossos concidadãos? Quando vivemos numa sociedade que, aparentemente, prefere acreditar nas teorias de opinião do que em factos. Nas falsas certezas do que na dúvida?

 

Mas, na verdade, esta é a realidade do mundo em que vivemos, onde, no espaço informativo, os artigos de opinião se sobrepõem às notícias e onde a opinião da véspera se transforma na notícia do dia seguinte.

 

Não é sobretudo uma realidade assim tão absurda numa sociedade onde o Estado se demite da sua obrigação no apoio à cultura e à ciência.

A cultura e a ciência terão assim que se sujeitar também à omnipresente e omnipotente lei da oferta e da procura. Abre-se pois o caminho para o aparecimento de pessoas dispostas a oferecer o que o cliente procura, seja ele um leitor ou um poder local. Torna-se assim mais fácil editar uma teoria absurda “profusamente ilustrada”, do que um livro de atas ou uma revista científica.

 

Mas nós temos também alguma responsabilidade neste estado de coisas, enquanto comunidade. Para investigarmos, publicarmos e sermos ouvidos, sujeitamo-nos também a essa lei, enveredando por uma “arqueologia dos superlativos”: o mais antigo, o maior, o melhor preservado…

 

Haverá sempre alguém que se esquecerá de apresentar provas do que afirma, quando tem um público ansioso por que lhe mintam.

 

Luís Luís


De: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] Em nome de Ricardo Charters d'Azevedo
Enviada: sábado, 24 de Agosto de 2013 11:46
Para: archport@ci.uc.pt
Assunto: [Archport] La fin d'une énigme de 30 000 ans ?

 

 

 

 


Pour ceux qui ont 8 minutes devant eux...
 

Interview d'un dessinateur, Bertrand David, qui émet une hypothèse pleine de bon sens et tout à fait

convaincante sur les dessins des grottes.

 

Elle bouscule sérieusement le petit monde des préhistoriens. Je vous laisse découvrir la démonstration

sur ce petit film de 8 minutes, absolument fascinant...                    

                                                               

                                        www.youtube. / com watch?v=f8kvxDdgDQI

 

 

 

 

 

 

 



 







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