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[Archport] "Em Torno da Conquista Romana do Vale do Tejo. Novas leituras."

To :   "archport" <archport@ci.uc.pt>, "museum" <museum@ci.uc.pt>, "histport" <histport@ml.ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] "Em Torno da Conquista Romana do Vale do Tejo. Novas leituras."
From :   José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Date :   Sat, 14 Sep 2013 19:52:28 +0100

 

 

 

CONFERÊNCIA

 

24 de Setembro de 2013, às 18h30m

 

 

Em Torno da Conquista Romana do Vale do Tejo. Novas leituras.

 

Por: João Pimenta

 

Resumo

O projeto de investigação que o Museu Municipal de Vila Franca de Xira tem vindo a estruturar em torno do sítio de Monte dos Castelinhos permitiu vislumbrar uma nova página sobre o processo de conquista romana do vale do Tejo.

Através das fontes clássicas, sabemos que os primeiros contactos com o mundo itálico datam do século II a.C. no âmbito de uma ampla campanha militar desencadeada em 138 a.C. e liderada pelo novo governador da Ulterior, o procônsul Décimo Júnio Bruto, com claros objetivos de uma “pacificação” exemplar dos últimos focos de rebelião e de reconhecimento duma área até então pouco conhecida: o Noroeste peninsular.

Datam desta fase, os primeiros dados consistentes sobre a presença Itálica no extremo ocidente peninsular.

O trabalho que desde 1999, temos vindo a desenvolver em torno das intervenções de arqueologia urbana no casco histórico da cidade de Lisboa, permitem definir o quadro de importações desta primeira fase da conquista, assim como, abordar uma leitura do seu urbanismo.

As escavações que desde 2008, temos vindo a desenvolver no sítio de Monte dos Castelinhos permitiram revelar evidências consistentes, da construção de raiz, em meados do século I a.C., de um estabelecimento de dimensões consideráveis, mais de 10 hectares, numa área de grande valor estratégico e implantado de forma equidistante em relação aos dois principais núcleos habitacionais do vale do Tejo, as cidades de Olisipo e Scallabis.

Face às consistentes evidências estratigráficas e estruturais, constata-se que apenas alguns anos, (no máximo uma a duas décadas), depois da edificação deste estabelecimento se assiste à sua brusca destruição resultante de um conflito bélico.

Este cenário de todo inédito para o vale do Tejo, levanta um amplo quadro de questões que nos encontramos a tentar clarificar e que se prendem com a interpretação da funcionalidade e relevância deste sítio arqueológico.

Em qualquer dos cenários, que diga-se podem ser complementares, perante as evidências, é verosímil que o sítio tenha sido alvo de uma destruição bélica. Face ao seu enquadramento cronológico, este episódio pode ser correlacionada com os conflitos entre os partidários de César e Pompeio na Ulterior resultante da instabilidade reinante no ocidente durante este período.

 

Esta apresentação faz-se no âmbito das actividades de dinamização da exposição “Monte dos Castelinhos (Castanheira do Ribatejo), Vila Franca de Xira e a Conquista Romana do Vale do Tejo”, que encerra ao público no próximo dia 29 de Setembro.

 

Patronos: Museu Municipal Vila Franca de Xira; UNIARQ: Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa e Museu Nacional de Arqueologia.

 

 

 

24 de Setembro às 18h30m,  no Salão Nobre do Museu Nacional de Arqueologia.

 








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