De:
Adilia Antunes [mailto:aantunes@mnarqueologia.dgpc.pt] A peça
do mês de Novembro O Todos os períodos
cronológicos e culturais, e também todos os tipos de peças, desde a mais remota
Pré-História até épocas recentes, neste caso com relevo para as peças
etnográficas, estão representados no MNA. Às colecções portuguesas
acrescentam-se as estrangeiras, igualmente de períodos e regiões muito
diversificadas. O MNA é ainda o
museu português que possui no seu acervo a maior quantidade de peças classificadas
como “tesouros nacionais”. Existe, pois,
sempre motivo de descoberta nas colecções do A peça do mês Serpente solarizada, nº inv. E 191 (cat. 73) – Egipto
antigo A apresentar por As representações serpentiformes
e os cultos ofiolátricos são fenómenos frequentes nas terras onde se
desenvolveram as civilizações do Médio Oriente antigo. Como animal que se
esconde na terra e que muda de pele, é habitual a serpente ser associada nessas
civilizações à actividade agrária, à fertilidade, à regeneração e à
imortalidade, assumindo um lugar de relevo nas suas crenças, mitos, práticas de
magia e encantamentos.
Uma das vertentes
mais exploradas no âmbito da mitologia egípcia explora a sua relação com o Sol,
sendo a mordedura do animal associada à queimadura solar. Resultado de esta
associação produzida pela cosmovisão egípcia, a serpente é um ornamento
profiláctico ao serviço dos deuses, do faraó e das próprias construções
arquitectónicas. A serpente é mesmo o animal mais representado na antiga arte
egípcia. São numerosos os exemplos de divindades-serpente que
se podem encontrar na mitologia egípcia, zoomorfas ou bimórficas (corpo humano
com cabeça animal ou mesmo corpo animal com cabeça humana): Uadjit, Meretseger,
Renenutet, Hetepes-Sekhus, Upset, Apopis, Neheb-Kau, Agathodaimon, as deusas
com cabeça de serpente da Ogdóade hermopolitana (Nunet, Hehet, Kuket e Amonet),
etc. A serpente «em posição de alerta» (em egípcio iaret; em latim uraeus), excitada, pronta a desferir o seu
ataque, com ou sem disco solar, constitui um motivo iconográfico-artístico com
inúmeras utilizações e representações, praticamente desde o início da história
egípcia até ao período romano. O Além egípcio, tal como nos é apresentado pelas
decorações dos túmulos do Vale dos Reis, estava repleto de serpentes, algumas
gigantescas, com braços, pernas, cabeças humanas, asas, cuspindo «fogo». A uraeus solarizada do MNA, de pescoço
tumefacto, em madeira pintada, com
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