Caros amigos
Cumpre-se neste ano de 2014 o bimilenário da morte do fundador reconhecido do Império Romano. A seu propósito escreveu Suetónio o seguinte:
Certo dia em que bordejava a baía de Puteoli, os passageiros e os tripulantes de um navio de Alexandria, acabado de acostar, todos de branco, coroados de flores e queimando incenso, cumularam-no de votos de felicidade e de extraordinários louvores, dizendo ser graças a ele que viviam, graças a ele que navegavam, graças a ele que gozavam de liberdade e de prosperidade. (Suetónio, Aug., 98).
Estas palavras, escritas muito depois da morte do imperador por um homem que não lhe poupou
algumas críticas constituem, indiscutivelmente, um testemunho claro do êxito do governante. Quando as Repúblicas se degradam pela corrupção, perda de valores, ganância e inevitáveis guerras civis, surgem os "homens providenciais", como Augusto, com resultados nem sempre tão positivos como neste caso. Mas surgem. Durante o ano que agora se inicia não faltarão eventos destinados a recordar Augusto e a sua obra, os quais permitirão, espero e desejo, proveitosas reflexões sobre o nosso próprio tempo.
Ave Caesar!
Cordialmente
Vasco Gil Mantas