Museu Nacional de Arqueologia
Dia 18 de Junho, 18 horas, Salão Nobre – Entrada Livre
Conferência por João Carlos de Senna-Martinez[1]
Megalitismo e Sociedades Camponesas da Beira Alta - de
Leite Vasconcelos à Actualidade
“Na Beira-Alta, minha pátria, andei pelas altas serras de Sátão, entre o Vácua e o Paiva, e ahi, e nos concelhos de Fornos-de-Algôdres e de Mangualde, explorei umas dezassete orcas ou dólmenes da idade da pedra polida, tendo trazido para o Museu Ethnologico[2] os pecúlios archaicos que desenterrei…”
J. Leite de Vasconcelos, 1897.
Religiões da Lusitânia, Lisboa, Imprensa Nacional, Vol. I, p. XXVII
Esta frase de José Leite de Vasconcelos na introdução às “Religiões da Lusitânia” resume bem o principal aspecto das intervenções deste investigador no que respeita ao que hoje designaríamos como a Pré-História das Sociedades Camponesas da Beira-Alta, ou seja, a preocupação com o “fenómeno megalítico”.
Passam este ano cento e vinte e dois anos sobre a primeira intervenção de campo de Leite de Vasconcelos num monumento megalítico da Beira Alta, a “Casa da Orca da Cunha Baixa”, em Setembro de 1892[3].
Relendo, passado mais de um século, os textos deste investigador, a impressão que nos fica é, face aos condicionalismos da época, de um grande rigor nas observações produzidas. Contudo, a base empírica do que conhecemos da área regional em causa alterou-se profundamente e toda uma série de novos capítulos se abriram e concepções foram revistas.
O que vos propomos é pois uma revisitação dos trabalhos do Mestre de Lisboa actualizada à luz de um século de investigação regional das primeiras sociedades camponesas.
[1] Centro de Arqueologia (Uniarq) da Universidade de Lisboa. 1600-214 LISBOA – PORTUGAL. smartinez@fl.ul.pt.
[1] Hoje Museu Nacional de Arqueologia Dr. José Leite de Vasconcelos.
[1] Leite de Vasconcelos descreve esta intervenção no Volume I das Religiões da Lusitânia, publicado pela primeira vez em 1897. Deste modo, a referência que faz posteriormente – ao publicar em 1904 os dados completos da intervenção em O Archeologo Português, Série I, Vol. IV, p.303-308 – a uma intervenção em 1902 apenas pode entender-se como uma “gralha tipográfica”.
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