Que me desculpe o
colega Alexandre Monteiro, mas publicar em Inglês é uma coisa, ser avaliado porque se publica ou não em Inglês é outra coisa. Sempre disse aos meus alunos que "quem não sabe Inglês é analfabeto" mas isso não implicava que deveríamos abdicar, entre muitas outras coisas, para nossa vergonha, do uso da língua nacional, sob pena de não existirmos.
Isso, naturalmente, não posso aceitar, a menos que me negue a mim próprio.
Ainda se lembam daquela chavão, mal extraído de Fernando Pessoa, que defendia que "a minha pátria é a língua portuguesa"?
Nessa altura a frase em questão destinava-se a convencer os portugueses de que a moeda não tem nada que ver com a soberania (fantástica descoberta política!). E agora, que é que estamos dispostos a ceder mais?
É verdade que o único artigo meu redigido em Inglês já teve consultas na União
Indiana e na Arábia Saudita, mas isso aumenta o valor da minha investigação e justifica anular 40 anos de carreira académica?
Vasco Gil Soares Mantas
(FLUC / Associação de Auditores de Defesa Nacional)