Caros Archportianos (dispenso-me de distinções de género, que me parecem sempre forçadas)
O mês de Agosto tem demonstrado alguma acalmia, depois de um surto de mensagens sobre o problema do uso obrigatório do Inglês para que os artigos de cada um possam ser avaliados por um grupo de não sei quem, não sei onde.
Considero que o abandono obrigatório, em termos práticos, da língua portuguesa, tão defendida por gente que agora se cala, se revela um atentado grave à identidade nacional.
Claro que todos sabemos há muito que a cultura, diria antes, a civilização anglo-saxónica, se impôs sem rodeios, por cumplicidade dos que se quiseram aculturar.
O problema, na realidade, é bem mais profundo e
merece reflexão urgente, pois na verdade reside na fraca auto-estima e consciência de comunidade entre os Portugueses, pois, de uma maneira geral, estamos sempre prontos a copiar os outros.
Espero que esta humilde chamada de atenção de quem serviu Portugal 11 anos nas armas e 33 na Universidade tenha melhor sorte que as restantes.
Cordialmente
Vasco Gil Mantas