Caros archportianos
Vivemos dias conturbados, vitimando a dignidade humana e a herança cultural e patrimonial de muitos e em muitas regiões.
Passou ontem o aniversário da destruição da velha Universidade prussiana de Konigsberg, incendiada pelo bombardeamento da RAF que em 1944 destruiu a maior parte da velha cidade de Kant, um sonhador da paz universal.
Trata-se de uma tragédia perdida entre os milhões de tragédias individuais e colectivas da Segunda Guerra Mundial, ocorrida poucos dias depois da Universidade ter comemorado 400 anos de existência. Tudo o que ficou foi depois demolido, como sucedeu à maior parte das ruínas da parte central da cidade. Era preciso apagar a memória.
A que vem isto a propósito? Apenas para recordar que o "fim da história" é uma ideia absurda e que os monumentos mais representativos de um povo ou de uma cultura, ou apenas com valor histórico ou patrimonial continuam a ser destruídos diariamente, por vezes considerados mesmo como alvos prioritários.
Aqui deixo um convite à reflexão de todos. Por vezes é preciso agir. Quando os canhões de Agosto ou de Setembro se fazem ouvir, já é tarde. Não vale a pena depois dizer - não sabia.
Cordialmente
Vasco Gil Mantas