Re: [Archport] "Segredos da Beja Romana", Prémio da Academia de "Academia Portuguesa de Ciências 2024.

[Margarida Donas Botto <maggiebotto@gmail.com>]

Obrigada, Conceição! Muitos parabéns, querido professor Encarnação! Um justíssimo prémio para uma obra notável! 

Margarida Donas Botto 

A sexta, 15/11/2024, 12:48, Maria Lopes <conlopes@ci.uc.pt> escreveu:

O Professor José D’Encarnação é quem nos mantém viva a  Archport.

Hoje, passadas outras honras que lhe foram ofertadas, este espaço é para manifestar felicidade por outra honra, tornada pública há dois dias.

O livro "Segredos da Beja Romana”, da autoria de José D’ Encarnação, com ilustrações de José Luís Madeira,  recebeu  Prémio Augusto Botelho da Costa Veiga, da Academia Portuguesa da História, de 2024.

Publicado pelo Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património  CEAACP, esta obra reune inscrições que o  Doutor José d’ Encarnação publicou no Diário do Alentejo, provenientes da cidade e da região de Beja,  com comentários e explicações acessíveis aos comuns leitores.

Foi apresentada em Beja, em Maio de 2024, em Praça Pública, pelo cidadão Bejense, o ator Bruno Ferreira, que assim disse: 

"é notável a forma aparentemente simples, mas apenas ao acalce de um grande conhecedor, como nos são contadas estas histórias da História; os capítulos; os segredos da Beja Romana. O autor trata por tu, ainda que com plena delicadeza, as pedras milenares que até hoje nos chegaram, muitas delas amputadas, outras tendo sido convertidas em soleiras de portas, partes de muralhas, sustentação de pareces ou, simplesmente, tendo sido abandonadas à sua sorte. José d’Encarnação analisa ao detalhe cada uma dessas pedras. Com a mestria e desenvoltura de quem muito sabe e conhece, desdobra-lhes as siglas e as abreviaturas dos epitáfios, fazendo crescer frases, dando-lhes assim, contexto e sentido. 

(…)

Contudo, e apesar de se debruçar mormente sobre o momento da passagem para o etéreo, este livro conta-nos histórias inteiramente vivas. Com uma escrita acessível e apelativa, o autor escreve como se falasse com o leitor. Desafia-o; coloca-lhe questões, indaga-o sobre hipóteses. Trata-se, no fundo, de uma conversa entre o autor e os seus leitores. Um diálogo cativante e envolvente.

 

A base de todo o desenrolar da trama – e permitam-me usar a expressão numa obra que é eminentemente científica, mas faço-o pelo sentido de proximidade que o livro carrega em si – são os escritos lavrados nas pedras, sejam elas mármores de Trigaches, Estremoz ou de Vila Viçosa, ou ainda arenitos. Este é o ponto de partida para o desvendar de todos os segredos da Beja Romana que o autor nos propõe. 

(…)

 

A leitura e classificação dos sulcos das pedras, os seus textos, as abreviaturas, a reconstituição das letras desaparecidas, o estudo de capitéis, colunas, bases, placas, as inscrições de lápides, aras e estelas, urnas e jazigos, das suas formas raras ou tradicionais, e dos seus ornamentos decorativos. O que poderia, à partida parecer um tema tétrico, ou soturno, é-nos, afinal, contado de forma límpida e fascinante através dos textos de José d’Encarnação e das ilustrações de José Luís Madeira. 

Parabéns Professor, parabéns Zé Luís

Maria da Conceição Lopes


PhD Archaeology
Associate Professor (Aggregation title)
Faculty of Arts and Humanities
Permanent Researcher And Scientific Coordinator of CEAACP
Center for Archaeological, Arts and Heritage Sciences
University of Coimbra
conlopes@ci.uc.pt

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