Não tinha intenção de aqui assinalar a notícia do falecimento do LUIS PASCOAL, entretanto oportunamente divulgada pelo Luis Raposo e pelo Zé d'Encarnação (este cumprindo uma das missões públicas do ARCHPORT).
Sofri o embate da triste nova, alta madrugada e, pela manhã, enviei os pêsames à minha colega (desde a faculdade) e amiga Silvana. Mas a leitura do depoimento do Jorge Raposo, recordando a jornada da Egitânia, em meados dos anos 80, acabou por me despertar do inevitável afastamento que a distância da "capital" e a "aposentação" acabam por implicar.
De facto, recordo o Luis Pascoal (com quem poucas vezes me viria a cruzar nos anos seguintes) como uma espécie de "meteoro" que entrou pelo Departamento de Arqueologia do velho IPPC, algures no início dos anos 80... Uma época cheia de sonhos e projectos, mas com meios ínfimos que tantas vezes se esgotavam num voluntarismo quase insane.. .Nada que assustasse o Luis, sempre pronto a partir para onde pudesse dar largas à sua fulgurante imaginação e capacidade de execução. E a então esquecida Egitânia, numa época em que as distâncias quase se mediam ainda por dias de jornada, foi um desses poisos.
Vai para mais de dois anos, a propósito de outras lembranças, recordei nas agora letárgicas memórias das pedras talhas, esse projecto da Idanha que teve como elemento chave o Luis Pascoal.