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[Archport] Inscrições portuguesas dos séculos IX a XII

To :   "museum" <museum@ci.uc.pt>, "archport" <archport@ci.uc.pt>, "histport" <histport@uc.pt>
Subject :   [Archport] Inscrições portuguesas dos séculos IX a XII
From :   José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Date :   Mon, 14 Jan 2019 19:29:43 -0000

         Publicou o Professor Mário Barroca, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, em 2000, a obra Epigrafia Medieval Portuguesa (862-1422). Foi o texto da sua tese de doutoramento apresentada em 1995 e defendida em 1996. Um estudo distinguido com o «Prémio do Instituto Português de Heráldica 2000», editado em Lisboa pela Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação para a Ciência e a Tecnologia. 3 volumes em 4 tomos, 366 pp.  2188 pp.  537 pp.

            Constituiu, sem dúvida, esse um trabalho de investigação deveras importante e necessário, porque datava de 1928 a 1ª edição do livro Apontamentos de Epigrafia Portuguesa, da autoria de José Maria Cordeiro de Sousa, de que o Instituto de Arqueologia de Coimbra publicou, em 1983, a 4ª edição, a qual seguiu, no entanto, o que vinha da 1ª. A tarefa de Mário Barroca foi, pois, deveras valiosa, porque, além de se ter preocupado com a leitura – e, em muitos casos, releitura – das epígrafes procurou enquadrá-las no seu contexto histórico e geográfico. Pode mesmo dizer-se que cada epígrafe tinha uma história para contar e Mário Barroca não hesitou em contá-la.

            A ciência progride, todavia; as novas técnicas e a troca de impressões suscitadas pelo repositório assim obtido e que era, enfim, solidamente posto ao dispor dois investigadores – tudo isso levou a que os responsáveis pela Academia das Ciências de Lisboa encarassem a possibilidade de esse corpus epigráfico ser enquadrado no magno projecto, que de longa data já vinha, dos Portugalliae Monumenta Historica, cujo objectivo é dar a conhecer a totalidade dos documentos relativos à História de Portugal desde o século VIII ao XV.

Desta sorte, em nova série, o I tomo do volume VIII é o corpus das inscrições portucalenses, sendo a sua parte I dedicada às epígrafes datáveis do século IX ao XII. Edição crítica de Mário Barroca, tradução do Latim Medieval (uma novidade!) da responsabilidade do Prof. Manuel Ramos, formado na Academia de Coimbra. Com data de 2017, agora disponibilizado, tem 861 páginas e nelas se estudam 292 inscrições, mais quarenta e poucas das que haviam sido tratadas na edição de 2000. Nos comentários, Mário Barroca retirou pormenores que ora lhe pareceram excessivos, actualizou a bibliografia e teve em conta os comentários mais importantes feitos por outros autores, alguns dos quais, inclusive, o levaram a rever a leitura proposta em 1995/2000.

            E assim, ao ritmo de um cada dois anos, já se trabalha nos volumes seguintes: um para o século XIII, outro para o século XIV e outro para o século XV.

            Uma tarefa ingente, que ficamos a dever a um especialista que não hesita a abraçá-la com o espírito de abnegação e a perseverança que todos lhe reconhecemos. Estamos-lhe gratos por isso!

                                                                                                                                                                                                        José d’Encarnação

 


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