Júlio
Manuel Pereira é um ficcionista que, por estar ligado ao mundo da Arqueologia,
se tem dedicado, com imenso lustre, à criação de histórias que se prendem com
esse mundo, não desprovido, diga-se na verdade, de algum mistério e poesia, susceptíveis
de alimentar a imaginação e os enleios. Natural
de Coimbra, onde reside, Júlio Pereira é licenciado em Ciências Sociais e
Políticas e Mestre em Pré-História e Arqueologia. Apaixonado pela Arqueologia
desde muito jovem, para além da intervenção em encontros, colóquios e congressos,
tem colaboração dispersa por diversas publicações científicas e jornais locais
e regionais. Publicou também trabalhos de investigação histórica relativos à
região de Vila Nova da Barquinha, onde residiu. Desta feita, para autografar as suas obras, designadamente O Princípio do Fim, estará no stand da
Chiado, na Feira do Livro de Lisboa, no próximo dia 5, das 16 às 17
horas. Recorte-se, como aliciante, a sinopse que nos é apresentada desse seu
último romance, publicado em Agosto de 2018: Sinopse
Os tempos eram de mudança. Salazar tinha caído da
cadeira e o seu sucessor, Marcelo Caetano, entalado entre os ultras do regime e
os elementos mais liberais, experimentava uma tímida abertura; em Coimbra
deflagrara a crise académica que transformara a urbe numa cidade ocupada por
todo o tipo de forças policiais; na Guiné, onde a situação militar
era desesperada, António de Spínola retirava as tropas portuguesas de locais
indefensáveis, enquanto aspirava por uma solução política que lhe era negada. Carlos
pensava que aquela guerra durava há muito tempo… há demasiado tempo. O
solo africano, já de si vermelho, talvez estivesse tingido de um vermelho mais
vivo do sangue dos que ali morreram, de um lado e do outro. E para quê? Até
quando seria possível manter aquela situação, lutar contra os chamados ventos
da história? Surgiam sinais de que se aproximava o fim. Também no
plano da sua vida pessoal e familiar existia uma
grande incerteza quando, a dois passos de casar, inicia um romance com
uma quase desconhecida; quando se sente abandonado por todos; quando, no dia do
casamento, finalmente, lê os sinais do destino interrogando-se sobre se estará
perante um início ou em presença do princípio do fim. Esta é a dúvida que o
atormentará no final do livro.
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