Mi más cordial enhorabuena a los ciudadanos de Tarouca-Ucanha, y al MNA, por esta bonita iniciativa de hacer una jornada de homenaje a Vasconcelos en Lisboa, y por tantos sentidos textos y fotos recordando como se merece a una figura tan excepcional.
Saludos cordiales,
Alicia Mª Canto (UAM)
http://uam.academia.edu/AliciaMCanto
Filomena Barata <barata.filomena@gmail.com> escribió:
> MNA Digital: Boletim n.º 57 - Suplemento
>
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> Veja este e-mail no seu *browser*
> <https://mailchi.mp/c7d790bca745/mna-digital-boletim-junho-2019-suplemento?e=10cfb0b754>
> Em Homenagem a José Leite de Vasconcelos
>
> *José Leite de Vasconcelos Cardoso Pereira de Melo (Ucanha, 7 de julho de
> 1858 — Lisboa, 17 de maio de 1941)*, foi um linguista, filólogo, arqueólogo
> e etnógrafo português.
>
> Fundador e primeiro diretor do atual Museu Nacional de Arqueologia, ao
> tempo designado por Museu Etnográfico Português, constitui um dos
> principais vultos da Cultura Portuguesa dos séculos XIX e XX.
>
> Nasceu a 7 de julho de 1858, em Ucanha, Tarouca, e faleceu a 17 de
> Maio 1941, motivo por que lhe é dedicado este Suplemento.
>
> A importância e diversidade da sua obra encontram-se bem patentes nos
> diversos volumes e sessões de homenagem que lhe foram dedicados, em vida e
> de depois da sua morte, em 1941, com 81 anos de idade – uma obra que
> abrange praticamente todos os campos em que poderia ser abordado o estudo
> do “Homem Português”, tanto do passado como do presente e especialmente na
> sua vertente popular: Filologia e Linguística, Literatura, Etnografia,
> Numismática, Arqueologia.
>
> Para melhor conhecer, ver a
> <https://museuarqueologia.us10.list-manage.com/track/click?u=209de377fc807fad1dababd6d&id=2e191ca06e&e=10cfb0b754>
> qui
> <https://museuarqueologia.us10.list-manage.com/track/click?u=209de377fc807fad1dababd6d&id=61fdb4d297&e=10cfb0b754>
> *De Ucanha a Lisboa”, IV Roteiro Cultural pelo grupo “COISAS DE TAROUCA” ao
> Museu Nacional de Arqueologia Dr. José Leite de Vasconcelos.*
>
> Homenageando José Leite de Vasconcelos, o Museu Nacional de Arqueologia foi
> visitado por um conjunto de cidadãos da União de Freguesias de Gouviães e
> Ucanha, de onde era natural o ilustre fundador do MNA. no passado dia 1 de
> junho, que apresentou ao MNA um programa com carácter especial. «*Coisas de
> Tarouca.* *IV Roteiro Cultural José leite de Vasconcelos. Do Barosa Para o
> Mundo: de Ucanha a Lisboa».*
> Tratando-se de relembrar a memória do fundador do MNA, desde a primeira
> hora o Museu aderiu à ideia, convertando-se numa parceria que se deseja
> tenha continuidade.
> Pela ocasião foi oferecida ao Museu Nacional de Arqueologia uma peça
> comemorativa.
>
>
>
>
>
> *Programa:*
>
> 05h00 - Partida, Padaria do Castanheiro do Ouro, Tarouca
> 08h00 - Paragem
> 10h00 - Chegada a Lisboa, Museu Nacional de Arqueologia, José Leite de
> Vasconcelos
>
>
>
> 13h00 - Almoço
> 14h30 - Romagem, *in memoriam*, ao Cemitério dos Prazeres
> 15h30 - Rua D. Carlos Mascarenhas
> 16h00 – Visita ao Palácio de Belém e ao Museu da Presidência
> 18h00 – Visita ao Monumento aos Combatentes do Ultramar
> 19h00 – Partida para Tarouca
> 24h00 – Chegada a Tarouca (hora prevista)
>
>
>
>
> *De Ucanha a Lisboa”, IV Roteiro Cultural pelo grupo “COISAS DE TAROUCA” ao
> Museu Nacional de Arqueologia Dr. José Leite de Vasconcelos *
>
>
>
> *A razão de uma Viagem Carlos Manuel Albuquerque*
> *Lisboa, 1 de junho de 2019*
>
> Hoje, de manhã muito cedo, saímos nós da legendária Beira, mais
> concretamente do concelho de Tarouca para virmos até ao Museu Nacional de
> Arqueologia e outros lugares, de tão forte significado afetivo para nós. Há
> um século atrás, aproximadamente, o nosso conterrâneo, nascia. Dona Maria
> Henriqueta Leite de Vasconcelos Pereira de Melo e José Leite
> Cardoso Pereira de Melo, progenitores que foram de José leite de
> Vasconcelos Pereira de Melo, nascido na Ucanha em 7 de julho de 1858 e que
> hoje, aqui, lhe prestamos preito.
> Agora sim, cumprimento o Senhor diretor desta importante instituição
> nacional, Senhor Dr. António Carvalho e demais funcionários, nomeadamente a
> senhora Doutora Filomena Barata.
>
>
> A todos saúdo e agradeço em nome do grupo “Coisas de Tarouca” o acolhimento
> e a disponibilidade em prol da elaboração desta viagem cultural. Esta
> viagem é mais um roteiro cultural a somar a outros que já realizamos e
> esperamos que seja enriquecedor de conhecimentos para todos nós.
> Agradeço também ao Presidente do Município de Tarouca, Sr. Valdemar Pereira
> os apoios concedidos, o qual me pede para cumprimentar todos os presentes e
> desejar um dia muito frutuoso.
> Ao Sr. Presidente da União de Freguesias de Gouviães e Ucanha, Senhor João
> Félix, a disponibilidade carinho e apoio na concretização deste evento, bem
> como ao Digníssimo Presidente da Assembleia de Freguesia Sr. Lucas Cardoso
> e restantes membros da junta.
> À gerência da padaria do Castanheiro do Ouro, na pessoa do Senhor Luís
> Batista os apoios concedidos.
> José Leite de Vasconcelos, o “Mestre Leite” ou o “Sabio”, como tantas vezes
> é apelidado é de facto uma figura relevante da cultura Nacional e Europeia
> e que hoje aqui pretendemos homenagear, mas sobretudo conhecer aspetos da
> sua vida e obra.
> *Isaac Reis Proença 01/06/2019*
>
>
> Exmo. Senhor Dr. António Carvalho
> Distinto Diretor do Museu Nacional de Arqueologia
>
>
> Para V. Excia e assessores vai, antes de mais, o nosso bem-haja por nos
> receberem de braços abertos neste espaço museológico e também por nos
> apoiarem, desde a primeira hora, nesta cruzada de homenagem a Leite de
> Vasconcelos, nosso conterrâneo.
> Julgo que nunca aqui esteve uma delegação tão representativa de cidadãos
> compatrícios do nosso ilustre sábio Dr. José Leite de Vasconcelos.
> No nosso grupo heterogéneo, com modéstia à parte, temos escritores,
> professores, economistas, poetas, escultores, pintores, historiadores,
> causídicos, empresários, jornalistas, funcionários públicos, presidentes de
> assembleia e de junta de Freguesia de Ucanha, gente simples e admiradores,
> que connosco quiseram comungar desta iniciativa da Associação “Coisas de
> Tarouca”.
> Julgamos saber que este museu foi fundado em finais do ano de 1893, por
> José Leite de Vasconcelos e era designado por Museu Etnográfico Português.
> Mais tarde, o decreto n.º 18237, de 23 de abril de 1930 veio reorganizar o
> Museu Etnológico do Dr. Leite Vasconcelos, dizendo o diploma que o mesmo
> destinava-se a contribuir para o estudo das origens, carácter e evolução
> histórica do povo Português. Possivelmente muita coisa mudou até aos nossos
> dias. Não quero, por isso, alongar-me neste tema.
> Esta digressão cultural e o estarmos hoje aqui, só foi possível realizar
> graças à iniciativa, ao dinamismo e à tenacidade do nosso companheiro,
> investigador e escritor, Carlos Manuel Albuquerque Pereira. Ele é um homem
> de luta e de coragem.
> Portanto, se o senhor diretor me permite, gostaria de pedir a todos uma
> salva de palmas para ele.
> Para terminar, quero dizer a V. Excia. que foi uma honra termos vindo até
> este espaço fascinante. Aproveito a ocasião para deixarmos alguns
> testemunhos da nossa presença.
>
>
>
>
>
>
>
> *A propósito do Piro-musical, aquando da inauguração da peça «Pedra da
> Memória» Virgílio de Melo Guedes*
>
>
>
>
>
> *Professor Doutor Leite Vasconcelos – As raízes no seu percurso de vida*
> *1 de junho de 2019*
> *Maria Amélia Pires de Albuquerque*
>
>
> Leite de Vascocelos nasce no então concelho da Ucanha a 21 de setembro de
> 1858, vai depois viver com os pais no vizinho concelho de Mondim da Beira,
> onde passa a infância e a adolescência. Aprende as primeiras letras em São
> João de Tarouca e latim na Granja Nova. Recorda com emoção e ternura a sua
> irmã falecida antes do seu nascimento, e lembra.se quando ia com o pai a
> caminho de Salzedas e, da estrada, avistavam o cemitério da Ucanha, e este
> a recordava e rezava não só pela filha como pelos defuntos que lá estavam
> sepultados.
> É em Mondim da Beira que vai ter o primeiro emprego, amanuense, no então
> concelho de Mondim da Beira, posteriormente extinto à semelhança do que
> tinha acontecido com o da Ucanha, acontecimentos que lhe causaram profundo
> desgosto. O espaço destes concelhos foi depois integrado no concelho de
> Tarouca.
> Em 1876 sai da sua zona de conforto, onde vivia com os pais e na
> proximidade de outros familiares, para ir completar a sua formação no
> Porto, onde fica, num primeiro momento, em casa do tio, mudando-se depois
> para o colégio São Carlos e estuda e trabalha num Liceu; nesta cidade
> inicia o percurso que o levará ao curso de Medicina e ao seu interesse
> pela Filologia, Arqueologia, Etnologia, Etnografia e Numismática, e que ao
> longo da sua vida o tornará um MESTRE, um SÁBIO.
> Sim, foi sem sombra de dúvida um sábio do qual todos nós aqui presentes nos
> orgulhamos, nós porque percorremos quotidianamente os mesmos caminhos da
> Infância e adolescência do Professor Leite de Vasconcelos, O Dr. António
> Carvalho porque é o guardião de todo o Imenso património que ele conseguiu
> preservar e trazer para este Museu. Tarefa que consumiu anos e energias ao
> nosso Mestre, muito esforço, dedicação e algumas inimizades e desgostos.
>
> O Museu, fundado depois de muito bater a todas as portas acabou por ser
> criado em 1893, inicialmente com o nome de Museu Etnográfico Português, foi
> mais tarde designado de Museu Nacional de Arqueologia.
>
>
>
> Ao longo da sua vida não descurou a família, além do imenso carinho que
> tinha pelos pais, em especial, a ternura infinita pela Mãe, de quem se
> despedia nas cartas, que lhe escrevia, como filho humilde e obediente, foi
> mantendo intensa correspondência com diversos familiares, tios, primos,
> alguns até já afastados.
> O epistolário do Professor Leite de Vasconcelos é elucidativo da imensa
> atividade epistolar de e revela-nos uma rede de contactos que se estendia
> ao país de Norte a Sul, de Lés a Lés, à Europa, da Espanha à Républica
> Checa, à Finlandia, Alemanha, França, Itália, Irlanda, Reino Unido, Holanda
> Bélgica e, a países/cidades de outros continentes como: Brasil, Singapura,
> Macau, Egito, a este país deslocou-se, em 1909, para uma conferência onde
> ficou a seu cargo a secção de arqueologia Pré.histórica; enfim um sem
> número de cartas num vai e vem intelectual e de intenso trabalho
> colaborativo.
> Só para dar alguns exemplos dos seus muitos interlocutores passo a citar
> alguns: Martins Sarmento, Hernâni Cidade, Amorim Girão, Jaime Cortesão,
> Miguel Bombarda, Orlando Ribeiro, Júlio Dantas,Virgilio Correia (1909-19),
> Carolina Michaellis, José Coelho – Viseu, João Araújo Correia – Régua; na
> vizinha Espanha, Menedes Pidal e Paulo Mereia. Estes são só uma pequena
> amostra das imensas pessoas, vultos de renome da cultura portuguesa e da
> Europa, com quem o Professor manteve uma correspondência ativa.
> Vou agora referir especificamente alguns interlocutores mais ligados às
> origens de José Leite de Vasconcelos. Em Mondim da Beira contactou com:
> António Lopes Ribeiro entre 1905 e 1807; Francisco Xavier de Figueiredo,
> 1906 e mais tarde o Sr. Américo Azevedo 1910-1913 que o aconselhou a
> “recorrer ao Padre Vasco”, é ele, o Pe. Vasco Moreira, que se torna um
> amigo sincero e devotado; vão manter um estreito contacto até 1932 data da
> morte do Abade Vasco que Leite de Vasconcelos lamenta profundamente. Foi
> com ele que programou a escavação à distância do Castro de Mondim/Sanfins,
> foi ele que lhe fez chegar a Lisboa caixas com diversos achados da
> escavação, mas enviou-lhe também um conjunto de azulejos, com um florão
> completo, do Mosteiro de São João de Tarouca, um véu de cálice, documentos
> do mesmo mosteiro com o selo do mosteiro, as varas da Câmara de Mondim e
> tudo o que considerou que podia agradar ao seu amigo.
> Da Ucanha ele vai trocar cartas com Manuel Ferreira do Carmo Laranjo, entre
> 1932 e 1937, é a ele que pede informações sobre o estado da torre e o
> preço a pagar para o derrube do casebre que está encostado à direita da
> torre e de quanto será necessário para as obras de conservação da mesma. E
> numa nota escrita pelo Professor Leite de Vasconcelos salienta *“indique a
> quantia menor que puder, porque senão não se arranjará nada”*. E ainda com
> Maria da Conceição Carmo Rebelo, da Ucanha prima adolescente do nosso
> sábio, entre 1937 e 1940.
> Respostas a pedidos de peças especificas, documentos, informação sobre
> lugares, tradições, …sobre a torre e pelourinho da Ucanha, os arcos de
> Paradela e os dois Mosteiros cistercienses, o de São João de Tarouca e o de
> Santa Maria de Salzedas; sobre as obras a fazer na Torre, e o que se
> passava com o pelourinho da Ucanha; gastos, obras realizadas e, de
> “antiqualhas” que se fossem encontrando, nem as meias de Mondim da Beira
> foram esquecidas.
> Por vezes estas pessoas também lhe faziam pedidos de empregos ou de
> qualquer forma de agilizar processos mais morosos.
> Com a jovem prima da Ucanha, Maria da Conceição Carmo Rebelo, uma realidade
> tão diferente da sua, que o trata por PRIMINHO, teve tempo para dar
> atenção a esta adolescente que o descobriu e o tratava com imensa frescura
> e carinho e que, numa carta de 20 de Junho de 1937, lhe oferece a casa dos
> pais “Não imagina o muito gosto que todos sentiremos de o vermos no nosso
> humilde lar mas mais gosto seria se o lá tivessemos um mês ou mais, o tempo
> que quisesse.”
> E recorda-lhe ”Lembre-se que a Ucanha é a sua querida terra, por isso deve
> ser a preferida para passar férias, apesar de não ter divertimentostem
> aqueles lindos campos e o rio junto ao qual se passam belos momentos”
> E termina com a informação “as obras do castelo ainda não terminaram”.
> Mandava todos os anos à sua prima de Alvações do Corgo, Maria Augusta
> Silveira Montenegro, uma jovem, quase criança, um Conto de Natal, e nas
> suas cartas falavam dos animais de estimação, dizia ela numa carta:
> ”sentidos pesames pelo falecimento da sua querida galinha . Oxalá que
> qualquer dia não sofra o mesmo desgosto com a sua querida gata”
> Com João Cardoso de Rebelo de Menezes, Bispo de Lamego e Arcebispo de
> Mitilene, em 1889 e 1890. Em 21 de Setembro de 1889 ele escrevia: “Meu caro
> primo tenho tido imenso que fazer, pois isto por aqui estava muito
> descurado (…) Aqui te espero ver e hospedar, n’este palácio que tem coisas
> muito boas,e uma bela Biblioteca …”
> Com o também seu primo Visconde de Britiande, dono da quinta de São Bento,
> corespondem-se entre 1897 e 1931, e mantém com ele uma correspondência
> muito interessante sobre alguns achados encontrados na sua quinta; conta
> que correu o boato de que estava a desenterrar um tesouro o que levou as
> pessoas a acorrerem em bandos, como se fossem para uma romaria, e
> acrescenta: “neste número entrou o Bernardo da Silveira (Castelo Melhor) e
> um inglês que tem estado na sua quinta.”
> José Pereira David que conhece desde os seus tempos de adolescente em
> Mondim a que pede informações 1921. Nome que consta num documento na posse
> de Carlos Manuel Albuquerque e que apresentamos.
> Todos o convidam a vir passar uns dias, uma temporada, um mês a Lamego,
> Mondim ou à Ucanha.
> Ele só regressa à sua terra natal, rapidamente, em Agosto de 1935 e em 1937
> “*com a maldita pressa de que estavam possuídos”, *como refere numa carta
> de 16 de setembro de 1935 o Sr.Manuel Ferreira do Carmo Laranjo, para ver
> as obras da torre.
> Provavelmente devido à sua vida agitada não lho permitir ou, quem sabe, por
> qualquer desgosto do seu passado, no entanto, várias são as referências ao
> seu amor incondicional às suas origens “antigo concelho de Mondim da Beira
> minha pátria”
> Aquilino Ribeiro refere as origens semelhantes: “ele do velho burgo da
> Ucanha eu do penhascal de Soutosa…afeitosa à mesma prosódia e modilhos
> verbais, aos mesmos susurros dos rios e dos ventos”
> Orlando Ribeiro refere-se assim a Leite de Vasconcelos: “Estava já
> aposentado quando comecei a frequentar a sua casa [em 1931]. Era uma
> oficina de erudição (…). A ele, mais do que a ninguém, devo a posse de uma
> disciplina de trabalho e de um ideal de servir a Ciência.” Já muito velho,
> Leite de Vasconcellos obrigava-se, à tarde, a trabalhar de pé, para não
> sucumbir ao sono. Escrevia no alto púlpito que tinha mandado instalar, de
> propósito, na sala onde acumulava a sua enorme documentação”
> É uma refeência obrigatória na sua geração e no seu tempo, nas palavras de
> António Valdemar e o professor Carlos Fabião afirma “Foi sem dúvida, o
> maior cientista social que até hoje Portugal teve e, por isso mesmo, é e
> será figura incontornável de toda a investigação que se ocupe de realidades
> portuguesas” *in Arqueologo Português *2008.
> E termino com a referência que sobre o nosso Sábio faz José Saramago na sua
> Viagem a Portugal quando passa pela Ucanha ”E é terra que estima os seus
> filhos, como se vê por esta lápide que regista ter cá nascido, Leite de
> Vasconcelos, etnógrafo, filósofo e arqueólogo dos melhores, autor de obras
> ainda hoje fundamentais. Quando ele daqui foi, não fizera ainda dezoito
> anos, levava a instrução primária e algum francês e latim. Levava também,
> isto é uma ideia do viajante, o recado que ouviu à sombra desta torre,
> debaixo do sonoro arco que dá para o rio, pondo as mãos adolescentes na
> pedra rugosa: PROCURAR AS RAÍZES”
> Sim, foi isso que Leite de Vasconcelos fez, procurar as raízes do povo
> português; estudar e conservar todas as raizes que encontrou, para as legar
> às gerações futuras.
> A Ucanha, Mondim da Beira e o concelho de Tarouca não o esqueceram, por
> causa disso são as várias homenagens que lhe têm sido feitas, o nome dele
> dado ao Agrupamento de Escolas de Tarouca e, a homenagem que hoje aqui lhe
> prestamos.
>
>
> *José Leite de Vasconcelos*
>
>
> *1858-1941 Médico, etnógrafo, arqueólogo, filólogo, museólogo e professor
> universitário*
>
> José Leite de Vasconcelos Pereira de Melo nasceu no seio de uma família
> aristocrata no então concelho da Ucanha, atual concelho de Tarouca, a 7 de
> julho de 1858. Era filho de José Leite Cardoso Pereira de Melo (1810-1881)
> e de Maria Henriqueta Leite de Vasconcelos Pereira de Melo (1815-1894).
> Viveu a sua infância e adolescência no depois extinto concelho de Mondim da
> Beira, onde trabalhou como amanuense.
>
> Partiu para o Porto, e mais tarde fez o curso de medicina na Escola
> Médico-Cirúrgica do Porto
> <https://museuarqueologia.us10.list-manage.com/track/click?u=209de377fc807fad1dababd6d&id=3c8ecd13fc&e=10cfb0b754>
> .
>
>
>
> Durante o curso de Medicina escreveu uma das suas primeiras obras -
> "*Tradições
> Populares Portuguesas*" - e editou o opúsculo "*Portugal Pré-Histórico*"
> (1885).
>
> Ao concluir o curso e após defesa da tese "*A Evolução da Linguagem*"
> (1886), Leite de Vasconcelos recebeu o "*Prémio Macedo Pinto*", destinado
> ao aluno mais brilhante do curso. Assumiu, então, as funções de subdelegado
> de Saúde do Cadaval. Abandonou a medicina.
> Em fevereiro de 1888 tomou posse do lugar de conservador da Biblioteca
> Nacional. Durante os 23 anos em que trabalhou nesta instituição. Lecionou
> cursos de Numismática e de Filosofia e deu início à edição da "*Revista
> Lusitana*" (o 1.º número data de 1887-1889).
>
> Em 1901 doutorou-se em Filologia, na Universidade de Paris.
> Empenhou-se na criação de um museu dedicado ao conhecimento das origens e
> tradições do povo português, projeto apoiado por Bernardino Machado, à
> época Ministro das Obras Públicas e responsável pela criação do Museu
> Etnográfico Português em 1893.
>
> O acervo do museu foi crescendo em resultado de escavações arqueológicas e
> de campanhas etnográficas em todo o país, as quais eram noticiadas no
> "*Archeologo
> Português*", revista de prestígio publicada desde 1895. Até aos 80 anos de
> idade fez inúmeras viagens em Portugal, visitou vários países europeus e
> deslocou-se ao Egito para participar no Congresso do Cairo de 1909, no qual
> presidiu à secção de Arqueologia Pré-Histórica. Estas digressões
> permitiram-lhe recolher material para o museu e criar laços de amizade com
> colegas portugueses e estrangeiros.
> Em 1911 foi convidado a integrar o corpo docente da recém-criada Faculdade
> de Letras da Universidade de Lisboa na qualidade de professor
> extraordinário de Filologia Clássica. Nesta Faculdade lecionou disciplinas
> como "*Numismática*", "*Epigrafia*" e "*Arqueologia*".
>
> Em 1929 atingiu o limite de idade e aposentou-se. Em sua homenagem, o Museu
> Etnológico passou a ter o seu nome e Leite de Vasconcelos recebeu o título
> de diretor honorário. A partir dessa altura dedicou-se à escrita, do qual
> se salienta o projeto *Etnografia Portuguesa* publicado em vários volumes
> pela Imprensa Nacional. Foi agraciado com diversas distinções, como a
> grã-cruz da Ordem de Instrução Pública e Benemerência, a Comenda da Legião
> de Honra (1930), de França, e a grã-cruz da Ordem Militar de Santiago da
> Espada (1937) entre outras.
>
>
> Visita do Presidente Manuel de Arriaga (1840-1917) ao Museu Nacional de
> Arqueologia, em 5 de Fevereiro de 1912. Notícia publicada em *A Luta*.
>
> José Leite de Vasconcelos morreu em Lisboa a 17 de maio de 1941, na
> companhia de amigos, deixando atrás de si uma monumental e multifacetada
> obra sobre o "*Homem Português*", com trabalhos na área da etnografia,
> filologia, arqueologia, numismática e epigrafia. Foi autor, também, de
> poesia e de um numeroso epistolário 24.289 cartas de 3.727 correspondentes,
> editadas em 1999.
>
> Este vulto maior da cultura portuguesa contemporânea foi um grande erudito,
> professor exigente e eterno celibatário. Viveu de forma simples e austera,
> sensível e solidário com os mais desfavorecidos. Nutriu grande carinho
> pelos animais, em especial por gatos.
>
> OBRAS
>
> - *O Dialecto Mirandez* (1882)
> - *Revista Lusitana* (primeira série: 1887-1943; 39 volumes)
> - *Religiões da Lusitânia* (1897-1913; em três volumes)
> - *Estudos de Filologia Mirandesa* (1900 e 1901; dois volumes)
> - *Textos Archaicos* (antologia, 1903)
> - *Livro de Esopo* (1906)
> - *O Doutor Storck e a litteratura portuguesa* (1910)
> - *Lições de Philologia Portuguesa* (1911)
> - *Antroponímia Portuguesa* (1928)
> - *Signum Salomonis*, *A figa* e *A barba em Portugal* (1918)-(1925)
> - *Opúsculos* (1928-1938 e 1985, póstumo, sete volumes) Disponíveis em
> instituto-camoes.pt
>
> <https://museuarqueologia.us10.list-manage.com/track/click?u=209de377fc807fad1dababd6d&id=1ab23cc1e4&e=10cfb0b754>
> em
> formato PDF
> - *Etnografia Portuguesa* (1933-????, em dez volumes)[15]
>
> <https://museuarqueologia.us10.list-manage.com/track/click?u=209de377fc807fad1dababd6d&id=395fef07d5&e=10cfb0b754>
> - *Filologia Barranquenha - apontamentos para o seu estudo* (1940, ed.
> 1955)
> - *Romanceiro Português* (ed. 1958, em dois volumes)
> - *Contos Populares e Lendas* (ed. 1964, em dois volumes)
> - *Teatro Popular Português* (1974-1979)
>
>
> *À Memória de J. Leite de Vasconcelos Ivone Muralha*
>
>
> Com devoção
> De corpo e alma
> Criou um museu, santuário
> da tradição pesquisada,
> Do nome de pessoas,
> De povos desconhecidos,
> De caracteristicas,
> De raizes,
> De um passado distante,
> Do povo português.
> Como homem de ciência,
> Conhecimento aprofundou,
> Com análise,
> Com visão,
> Com erudição,
> Com rigor,
> Com ideal.
> Ensinou-nos a amar a pátria,
> A conhecer a alma
> Do povo português.
>
>
>
>
>
> *Homenagem ao Dr. José Leite de Vasconcelos Delfina da Silva Cardoso
> Ribeiro*
>
> Comemoram-se os 150 anos do seu nascimento.
> Tudo o que lhe fizeram é bem merecido.
> Foi uma figura ímpar.
> Por muitos reconhecido.
>
> Dr. Leite de Vasconcelos
> Da Ucanha é natural,
> Foi uma pessoa de bem
> Cujo nome é imortal.
>
> A casa que o viu nascer
> É perto do rio Barosa.
> Numa terra pobrezinha,
> Nasceu para o Mundo
> Uma pessoa tão famosa!
>
> Na parede da sua casa é visível,
> O busto e o seu nome gravado.
> E já passaram tantos anos.
> Mas com carinho é recordado.
>
> Passou a sua juventude em Mondim,
> Sempre atento ao que o rodeava,
> E no seu pensamento,
> Já muita coisa palpitava.
>
> Para realizar os seus sonhos,
> Foi para o Porto estudar,
> Trocando os vales e os montes,
> Pela rica brisa do mar.
>
> Tirou o curso de medicina
> Mas foi sempre um sonhador.
> Formou-se etnólogo, arqueólogo,
> Etnógrafo, escritor e investigador.
>
> Homem culto e inteligente,
> Que para as letras viveu.
> E com a sua literatura,
> O concelho enriqueceu.
>
> Amigo das suas gentes,
> E da sua terra natal,
> O Dr. Leite de Vasconcelos
> Foi um cidadão Mundial!
>
> Este ilustre Senhor viveu em Lisboa,
> Onde fundou o Museu Nacional de Arqueologia.
> Foi um grande investigador,
> Tinha amor por tudo o que fazia.
>
> Faleceu em Lisboa, aos 82 anos,
> Deixando para os vindouros.
> Tantos e ricos belos tesouros.
>
>
> *Visita a Lisboa Isaac R. Proença*
>
> Decorreu no passado dia 1 de junho a deslocação a Lisboa de um grupo de
> cerca de duas dezenas de pessoas para homenagear o instituidor do Museu
> Nacional de Arqueologia.
> A partida de Tarouca verificou-se cerca das cinco horas (algumas pessoas
> ainda vinham a bocejar). Foi a IV digressão cultural da Associação “Coisas
> de Tarouca” que teve como principal artífice Carlos Manuel Albuquerque
> Pereira que foi assessorado por Isaac Reis Proença e Virgílio de Melo
> Guedes.
> Na Capital foram recebidos pelo diretor do Museu, Dr. António Carvalho e
> assessores.
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> No Salão Nobre do edifício, no primeiro andar com varanda virada para a
> Praça do Império, Tejo e o Centro Cultural de Belém, foi realizada a sessão
> de boas-vindas onde já estava a “Mesa de Honra” que foi ocupada pelo
> diretor, ao centro, e nas partes laterais estiveram Virgílio de Melo
> Guedes, Maria Amélia Albuquerque, Isaac Reis Proença e Carlos Manuel
> Albuquerque Pereira a que se juntou, depois, Florbela Pinto e Delfina
> Ribeiro. Após os discursos da praxe foi, entretanto, descerrada uma peça em
> ferro que estava envolvida pela Bandeira da União das Freguesias de
> Gouviães e Ucanha, pelo Dr. António Carvalho e Isaac Reis Proença.
> Na parte superior da peça de ferro existe uma placa com a seguinte legenda:
> Preito – Um grupo de Tarouquenses, aqui prestaram sentida HOMENAGEM ao seu
> conterrâneo José Leite de Vasconcelos – “Coisas de Tarouca” 1 de junho de
> 2019. Era, ainda, encimada por uma pedra do milenar Castro de
> Sanfins/Mondim. Ao fundo da peça estava uma pequena placa com os seguintes
> dizeres: OFERTA da União de Freguesias de Gouviães e Ucanha – 1 de junho de
> 2019.
> Durante as intervenções dos oradores e inauguração da peça, houve sempre
> fortes aplausos de toda a plateia. Além da oferta da peça de ferro ficaram,
> ainda, no Museu, diversos livros de escritores de Tarouca. Seguidamente,
> depois de uma foto de grupo, para memória futura, o diretor do Museu andou,
> pessoalmente, a mostrar todo o acervo do Museu que é considerado um dos
> mais ricos do Mundo.
> Após o almoço, no restaurante “Valenciana”, o diretor do Museu acompanhou o
> grupo ao cemitério onde repousam os restos mortais de José Leite de
> Vasconcelos.
>
> Esta deslocação a Lisboa teve o apoio do Município de Tarouca, do Museu
> Nacional de Arqueologia de Lisboa, da União das Freguesias de Gouviães e
> Ucanha, da Padaria do Castanheiro do Ouro e da oferta generosa de “Comes”
> de Delfina Ribeiro, Teresinha e Isabela Ferraz. Durante a viagem foi
> distribuído, gratuitamente, pelos participantes um folheto com canções
> populares que se foram entoando, amiúde, ao longo do percurso, sob a
> direção de Carlos Manuel e Agostinho. Foi uma viagem histórica que ficará
> na memória de todos.
>
>
> Isaac R. Proença
>
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>
>
> Ao
> Doutor António Carvalho
> Digníssimo Diretor do Museu Nacional de Arqueologia Dr. José leite de
> Vasconcelos
> Praça do Império Lisboa
>
> Boa Tarde
> Todos nós ainda estamos como que extasiados, da viagem realizada no passado
> dia 1 de junho, intitulada de “*José Leite de Vasconcelos,* *do Barosa Para
> o Mundo de, Ucanha a lisboa”, *integrada no IV Roteiro Cultural pelo grupo
> “COISAS DE TAROUCA” ao *Museu Nacional de Arqueologia Dr. José Leite de
> Vasconcelos, *
> Agradeço a disponibilidade, o acolhimento as facilidades e ainda a bela
> lição de sapiência com que fez o favor de nos brindar a respeito do nosso
> homenageado.
> Agradeço ainda a maneira como ainda hoje na instituição a que o senhor
> preside, se recorda o mestre, Leite de Vasconcelos. Estou certo que é com
> estas iniciativas que se ajuda a divulgar e a enraizar hábitos culturais em
> todos nós.
> A GRATIDÃO é a Memoria do CORAÇÃO, é por isso que em nome de todos os
> membros do grupo “Coisas de Tarouca” queremos agradecer.
> Grato pela colaboração, os meus mais respeitosos cumprimentos. Bem-Haja por
> tudo.
>
> Por, (Coisas de Tarouca)
>
> Carlos Manuel Albuquerque Pereira
>
>
> *Instalação do Espaço Memória José Leite de Vasconcelos nos Antigos Paços
> do Concelho de Ucanha João Félix Presidente da União de freguesias de
> Gouviães e Ucanha*
>
> Este imóvel encontra-se a meio da povoação, se para esse efeito nos
> localizarmos na Torre de Ucanha logo à saída de Ponte, e a capela de Santo
> António no cimo da rua.
> Passando pela igreja matriz dedicada a S. João Evangelista, pela casa onde
> nasceu José Leite de Vasconcelos e a capela de Nossa Senhora da Ajuda, a
> meio do percurso e a escassos metros da estrada municipal de ligação,
> Tarouca a Salzedas, aparece o imóvel em questão.
> Durante aproximadamente IV séculos aí funcionou a administração da
> municipalidade e, no pequeno largo fronteiriço, ergue-se o Pelourinho,
> símbolo da autonomia local e onde durante muitos anos aí se aplicou a
> justiça.
>
>
>
> A casa como facilmente se compreende é de pequenas dimensões porque a
> administração em tempos que já lá vão não era tão burocrática, mas a sua
> história é inegável. O convento Cisterciense da sua área Santa Maria de
> Salzedas, lhe deu foral, fama e vigor. A ponte e Torre de Ucanha ícone
> Nacional, o Pelourinho que depois de desmantelado a seguir à revolução
> liberal, teve como seu salvador o Dr. José Leite de Vasconcelos, que por
> troca de correspondência com a sua prima reuniu as pedras e o voltou a
> reerguer. Agora depois de um esforço desta autarquia tem a casa dos Antigos
> Passos do Concelho remodelada, e leva esta junta de freguesia a querer
> instalar um espaço de memoria em louvor de José Leite de Vasconcelos
> Pereira de Melo na sua terra natal.
> A freguesia sente neste seu filho uma referência à região, também a prova
> disso é que no dia 1 de junho um grupo de cidadão de concelho de Tarouca
> organizou um Roteiro tendo como tema a figura ilustre de LEITE DE
> VASCONCELOS. Anualmente também o município entrega um prémio aos melhores
> alunos do secundário que andam na escola com o nome deste Tarouquense
> ilustre.
> O imóvel é composto de rés do chão e primeiro andar, e pretendemos instalar
> um espaço memória em honra e louvor do mestre Leite, apesar das pequenas
> dimensões do edifício pretendemos que se venha a tornar atrativo,
> pedagógico, renovado regularmente o seu espolio, quem sabe um centro
> interpretativo da obra Leiteana, na sua terra natal. A junta de freguesia
> tem o espaço renovado e concluído, falta agora definir a instalação e o seu
> funcionamento.
> Os órgãos autárquicos locais e os organismos centrais do estado ligados à
> cultura, e outros cidadãos decerto nos ajudarão na abertura deste tão
> importante e simbólico Espaço Memória.
>
>
> Nesse sentido, estamos na disposição de celebrar um acordo de parceria com
> o Museu Nacional de Arqueologia, no sentido de irmos realizando exposições
> evocativas de Leite Vasconcelos, suas descobertas e estudos ao longo dos
> tempos. Contamos, para isso, com a vossa colaboração para nos irem
> fornecendo elementos do espólio de Leite Vasconcelos para irem estando
> expostos e visitados, por
> forma a dar a conhecer melhor o trabalho e a vida ímpar de José Leite de
> Vasconcelos.
> Nesse sentido, o espaço serviria não só como casa cultural José Leite de
> Vasconcelos mas, também, como espaço aberto para a cultura para a
> realização de eventos vários: tertúlias, workshops culturais.
> A médio prazo, após inauguração e abertura, levar a efeito esforços para
> incluir a casa memória José Leite de Vasconcelos em roteiros turísticos da
> região por forma a notabilizar ainda mais tão ímpar personalidade cultural
> do nosso País.
>
> O Presidente da União de freguesias de Gouviães e Ucanha
> João Félix
> Ucanha 6 de Junho de 2019
>
>
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