Os resultados da campanha de 2019 serão apresentados ao público em geral no dia 31 de Agosto na Escola Primária da Erra. As denominadas
Jornadas de Arqueologia do Sorraia incluem actividades para crianças e para o público em geral.
Entre as 15h00 e as 17h00 decorrerá uma oficina artístico-arqueológica destinada a crianças dos 6 aos 11 anos. Esta sessão parte dos motivos decorativos das cerâmicas dos povoados pré-históricos do Vale do Sorraia e será desenvolvida com a artista plástica Guida Casella, investigadora da UNIARQ. A participação é gratuita, tendo o limite máximo de 15 participantes. A inscrição deverá ser efectuada até dia 30 de Agosto através do telefone 243 679 462 ou do correio electrónico ansor.sorraia@gmail.com A partir das 17:00 será efectuada a apresentação
Não longe da Erra, o Barranco do Farinheiro e a ocupação do vale do Sorraia entre 3000 e 2000 antes da nossa era. Esta comunicação será realizada pelos directores científicos do projecto ANSOR, Professores Doutores Victor S. Gonçalves e Ana Catarina Sousa
(UNIARQ, Faculdade de Letras de Lisboa), constituindo a primeira apresentação deste sítio em Coruche. Será comenbtado um
powerpoint à hora indicada, na Escola básica da Erra.
Projecto ANSOR (A Antropização do Vale do Sorraia, do 6º ao 2º milénio antes da nossa era): novos trabalhos arqueológicos no sítio do Barranco do Farinheiro (Coruche)
O estudo das primeiras sociedades camponesas que ocuparam o vale do Sorraia desde meados do 6º milénio a inícios do 2º antes da nossa era (Neolítico, Calcolítico e Idade do Bronze) tem vindo a ser investigado desde 1980 por projectos da UNIARQ – Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa (WAPS – Grupo de trabalho sobre as antigas sociedades camponesas) sob direcção do Professor Victor S. Gonçalves. Depois dos trabalhos pioneiros realizados no Cabeço do Pé da Erra (1980-1984), desde 2010 que o projecto ANSOR (A Antropização do Vale do Sorraia) se tem dedicado a procurar novos sítios dessa época e a proceder a escavações e levantamentos nos mais relevantes. Desses trabalhos resultaram já várias publicações, incluindo a monografia Casas Novas numa curva do Sorraia (no 6.º milénio a. n. e. e a seguir) e diversos artigos em publicações nacionais e internacionais. Com o suporte financeiro e logístico da Câmara Municipal de Coruche, decorre actualmente o projecto de investigação plurianual ANSOR 3, que tem como objectivo a realização de estudos monográficos e a identificação e escavação de novos sítios, especialmente para épocas ainda não caracterizadas em anteriores trabalhos. Neste sentido, em 2019 os trabalhos foram direccionados para o sítio do Barranco do Farinheiro onde se detectou em 2017 um nível de ocupação da Idade do Bronze. Entre Julho e Setembro está em curso uma nova campanha de escavação no sítio do Barranco do Farinheiro, sob direcção dos Professores Victor S. Gonçalves e Ana Catarina Sousa, contando com a participação de mais de 20 estudantes da licenciatura e mestrado de Arqueologia da Faculdade de Letras de Lisboa, bem como de uma equipa de investigadores associados de diversas universidades (Universidades de Hohenheim, Sevilha, Porto, Laboratório Hércules – Évora). Os trabalhos contam também com as facilidades concedidas pelos proprietários do terreno. Situado a cerca de 3 km do Cabeço do Pé da Erra, o sítio do Barranco do Farinheiro inseriu-se certamente na mesma rede de povoamento, mas os vestígios aqui encontrados são muito distintos pelo tipo de construções, materiais arqueológicos e fases de ocupação. Com efeito, no Barranco do Farinheiro destaca-se a presença muito significativa da cerâmica de estilo campaniforme com semelhanças com os grupos da Meseta, junto de Madrid e do Tejo. Esta cerâmica campaniforme está ausente do Cabeço do Pé da Erra, embora os dois sítios tenham sido ocupados na mesma época, durante o 3º milénio antes da nossa era. Por outro lado, o sítio do Cabeço do Pé da Erra parece ter sido abandonado em 2100 a.n.e., mas a ocupação do Barranco do Farinheiro terá continuado, prolongando-se para a Idade do Bronze inicial e pleno, uma fase muito mal conhecida em todo o território português.
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