A profunda transformação do exercício da arqueologia em Portugal operada nas últimas décadas implicou um crescimento exponencial da massa de informação produzida por trabalhos arqueológicos. Esta tendência de crescimento na produção de dados, sejam materializados no espólio recolhido ou na documentação dos trabalhos realizados, não tem sido acompanhada por uma reflexão teórica sobre a forma como é registada, preservada e difundida essa informação.
Pretendemos debater a forma como estamos a recolher e gerir informação arqueológica em Portugal, e refletir sobre a possibilidade de melhorar as práticas correntes no sentido do cumprimento dos princípios FAIR (findability, accessibility, interoperability, and reusability). Contamos com a presença de vários profissionais que partilharão experiências e boas práticas de gestão de informação em diferentes contextos do exercício da atividade arqueológica, bem como a sua reflexão sobre a gestão de informação numa perspetiva multidisciplinar e da comunicação de ciência.
Das intervenções dos convidados e do debate subsequente, espera-se poder surgir a massa crítica necessária à prossecução de uma reflexão que conduza à construção de recomendações de boas práticas de interoperabilidade e gestão de informação na comunidade de prática arqueológica portuguesa.
19ª sessão – O nome das coisas: Interoperabilidade e gestão de informação na arqueologia portuguesa.
15 Fevereiro | 15:00 – 16:45
Coord.: Maria José de Almeida (DGLAB) Jorge Raposo (CAA)
– Sejamos justos, a arqueologia portuguesa não é FAIR (Maria José de Almeida e Jorge Raposo)
– Gestão de informação arqueológica de âmbito nacional e regional (Maria Catarina Coelho. DGPC)
– Exercício de Arqueologia de contrato (João Caninas, Emerita)
– Digital data lifecycle, FAIR principles and good practices in archaeology: Austria (Vera Moitinho de Almeida, IKAnt-ÖAW)
– FAIR Data e comunicação de ciência (Maria Manuel Borges, UC)
– Debate (moderação dos coordenadores)