[Archport] Calhau com epígrafe em Santo António das Areias

[José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>]

Olá!

 

1. Tive ocasião de enviar esta mensagem:

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De: José d'Encarnação [mailto:jde@fl.uc.pt]
Enviada em: sexta-feira, 15 de Maio de 2020 20:10
Para: archport; histport
Assunto: Calhau com epígrafe em Santo António das Areias

 

            Enviou-me o nosso caríssimo Jorge Oliveira, agora professor catedrático da Universidade de Évora (venha daí um abraço, Amigo!), o «calhau» que a imagem mostra, «um aparente nódulo de xisto com uma gravação que nunca consegui ler», escreveu-me, que lhe foi oferecido, quando, «em 1974 montei o Museu de Santo António das Areias», acrescentou.

            Não se ficou a saber da exacta proveniência do nódulo, certamente das proximidades.

            Tenho remirado o letreiro.

         Aqueles enlaces todos levam-me a pensar em distintivo de casa senhorial. A minha interrogação é a do arqueólogo antes da do epigrafista: qual o contexto inicial da epígrafe? Para onde é que o objecto foi pensado?

         E só de seguida vem o historiador: que famílias poderão ter existido próximo do local de achamento cuja identificação pode aproximar-se dos ‘enleios’ que ali se vêem?

 

      Estas, as minhas questões que ora se me afigurou de interesse apresentar à comunidade dos membros da archport e da histport, com a pergunta: que enigma poderá esconder-se sob (aparentemente) tão estranhos ‘arabescos’?

      As linhas estão abertas!

      E desde já se agradece toda a colaboração!

 

                                                               José d’Encarnação

 

2. Dou conta das respostas recebidas (e que muito agradeço):

A epígrafe de Santo António das Areias

 

• "CABR/AL ST Pego". Dei uma olhadela nos dicionários online e parece que a palavra pego é sinónimo de padre o que parece coerente com uma leitura como "santo padre".

Andreia Martins Torres

 

• Poderia eventualmente ser um Marco de posse de terrenos do Conde José Maria de Barahona Fragoso Cordovil da Gama Lobo (1º Conde da Esperança)?

Marco Valente

 

•  Quanto ao mistério da pedra penso que não haverá grande mistério – Trata-se de um calhau ou como lhe chama nódulo de xisto com uma onomástica que não consigo descortinar, mas é encabeçada com a designação da Casa de Bragança (CABAR) – tenho um marco de propriedade em Lamalonga com os mesmos dizeres. Anexo ficheiro das conclusões a que chegámos e que estão notadas na página 34 e 35 do Caderno Terras Quentes nº 3.

Carlos Mendes

 

• O onomástico parece ser de um “Rego”

Uma rápida busca no Geneall repara-se que a família rego (com prováveis ligações à casa de Bragança) tem ligações ao Município de Marvão e concretamente a Santo António das Areias.

Carlos Mendes

 

•  Vi lá letras como CABR e palavras como "altus ego"

Luís Torgal

 

3. Conclusão: ainda que provisoriamente - e outras respostas se poderão receber (que  as linhas continuam abertas!) – confirma-se a possibilidade de ser marco de propriedade, mui provavelmente ligada à Casa de Bragança.

 

                                                                                                    José d’Encarnação

     

 

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Caderno Associação Terras Quentes nº 3.docx
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